Jovem itaunense é um dos 20 selecionados para um estágio na Universidade Harvard

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O jovem itaunense Pedro Antunes Pousa, estudante do 6º período de Medicina da UFMG, já é um pesquisador de sucesso. Ele acaba de rece­ber a notícia de que foi um dos 20 alunos selecionados para um estágio de pesquisa sobre células tronco na Universi­dade Harvard, nos Estados Unidos. Em junho, Pedro embarca para Boston e ficará dez semanas trabalhando em um dos laboratórios da uni­versidade, possivelmente tran­sitando entre hospitais filiados à instituição.

O filho da professora Neide Antunes Pousa e do mecânico Rogério Pousa se diz muito empolgado com o estágio, não só pela experiência acadêmica de pesquisar sobre células tronco na melhor universi­dade do mundo, mas também pela chance de compartilhar essa experiência com os alu­nos do projeto voluntário que integra, o Clube de Ciência Brasil.

O CdeC Brasil é uma orga­nização que visa despertar e desenvolver o interesse cien­tífico em jovens através de oficinas e monitorias gratuitas oferecidas por pesquisadores das melhores universidades do mundo. Ele foi fundado em 2014 por doutorandos mexi­canos de Harvard e MIT com a missão de expandir o acesso ao ensino de ciências de alta qualidade, inspirar e oferecer mentoria às futuras gerações de pesquisadores através de uma rede de colaboração cien­tífica”. Hoje o projeto possui organizações no México, Colômbia, Bolívia, Brasil, Peru, Paraguai, Espanha e Ari­zona. Em 2017, aconteceu a primeira edição dos Clubes de Ciência Brasil e Pedro foi um dos 80 alunos selecionados dentre 1000 inscritos, con­tando com quatro clubes temáticos sediados no Insti­tuto de Ciências Biológicas na UFMG.

“Na época ainda estava no 2º Ano do Ensino Médio e fui um dos alunos do clube cha­mado “Células Tronco e Edi­ção Genômica”. Durante uma semana tivemos palestras com renomados pesquisadores brasileiros sobre ciência, como é ser cientista no Brasil e outros diversos temas rela­cionados. Nos reunimos nos clubes para termos aulas e rodas de conversa, além de desenvolvermos um possível projeto de pesquisa para apre­sentarmos no fim do evento. Durante os clubes descobri o mundo incrível das células tronco, mas, o mais impor­tante na ciência é a possibili­dade de inspirar outros estu­dantes a seguirem a carreira de cientista”, salientou. Em 2018 Pedro Pousa foi um dos alunos selecionados para outro clube, agora de “Nano­tecnologia para a administra­ção de novos fármacos” tam­bém na UFMG e em 2020 tornou-se voluntário da orga­nização.

Devido a pandemia, as edi­ções de 2020 e 2021 foram sediadas virtualmente, por meio de reuniões ministradas via videoconferência e pales­tras transmitidas na plata­forma Zoom. Em 2020 ele atuou como extensionista voluntário da organização e em 2021 foi convidado a assu­mir a liderança do projeto. Em 2021, conseguiram realizar sete clubes virtuais, que con­templaram mais de 140 alunos de todo o Brasil. Tudo isso gratuitamente para os alunos e com um orçamento próximo de zero. “Acredito que minha experiência com os Clubes de Ciência foi um grande diferen­cial para eu ser um dos alunos selecionados para o estágio, uma vez que a minha jornada terá um impacto não só na minha vida acadêmica, mas pela chance que eu terei de inspirar essa geração de cien­tistas que está por vir. Eu pla­nejo compartilhar meu dia a dia com os alunos pelas redes sociais do CdeC Brasil, mas o que estou mais empolgado é em voltar e mostrar-lhes que eu era um aluno igual à eles e que um dia são eles que pode­rão estar em Harvard, e eu farei o possível para ajudá-los a chegar lá”, pontuou.

O jovem finalizou a entre­vista ao Jornal S’PASSO con­tando que estão planejando para este ano a possibilidade de sediar um evento científico presencial para compensar os três anos de pausa em razão da pandemia. Para que isto acon­teça precisam de pessoas e organizações dispostas a ajudar no financiamento e na divulga­ção do projeto, até mesmo para auxiliar na participação de alu­nos de baixa renda.

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