Pacientes com estomia recebem tratamento e podem ter uma vida normal
O Dia Nacional dos Ostomizados, 16 de novembro, foi instituído em homenagem à fundação da Sociedade Brasileira dos Ostomizados, em 1985, com o objetivo é alertar a população sobre a importância do combater o preconceito contra as pessoas com estomia. A Estomia é um procedimento cirúrgico que consiste na realização de uma abertura no corpo para permitir a eliminação de fezes, urina ou outros fluidos corporais, para alimentação ou respiração. Ela é realizada em pacientes que têm problemas no trato gastrointestinal, urinário ou respiratório, como defeitos congênitos, câncer, obstrução intestinal grave, infecção abdominal grave, trauma no abdômen ou pelve, paralisia ou problemas neurológicos. Existem vários tipos de estomia, como a colostomia, ileostomia, gastrostomia, urostomia ou traqueostomia, que variam de acordo com o órgão em que foi feita, objetivo do tratamento e condição a ser tratada.
Impactos na vida do paciente
Após a realização de uma estomia, a pessoa pode enfrentar diversas alterações em seu processo de viver, incluindo mudanças fisiológicas, psicoemocionais, sociais e de autoestima. Passa por uma mudança na sua imagem corporal e a conviver com uma nova condição que demanda enfrentamentos e estratégias para sua reabilitação e melhoria da qualidade de vida. As pessoas com estomias e aquelas que convivem de perto com esses pacientes percebem que há um caminho mais ou menos padrão para a adaptação, que inclui a independência para o autocuidado. Algumas caminham a passos largos em direção a uma vida normal, outras realizam a caminhada de forma mais lenta e, infelizmente, outras ainda se recusam a caminhar.
Rede de apoio
O suporte familiar e o atendimento profissional personalizado são indispensáveis na adaptação à sua nova condição. A família pode ajudar a pessoa a se adaptar, fornecendo suporte emocional, ajudando nos cuidados diários, incentivando a atividade física e uma alimentação adequada, bem como acompanhando o paciente nas consultas de enfermagem, médica, do assistente social e de outros profissionais que fazem parte da equipe de saúde.
Os serviços e os profissionais de saúde, através de um adequado planejamento da assistência que inclua o apoio psicológico e a educação para a saúde, que desenvolva as aptidões da pessoa para o autocuidado, podem ter um papel decisivo na adaptação fisiológica, psicológica e social da pessoa com estomia e seus familiares, contribuindo assim para a melhoria significativa da qualidade de vida destas pessoas.
Preconceito
Muitas vezes, a pessoa com estomia sofre com o preconceito devido à falta de entendimento por parte da sociedade. Viver com estomia demanda sim cuidados especiais, mas nada impede que se tenha vida normal de afazeres, sobretudo conviver livremente com outras pessoas.
Aceitação
O processo de aceitação raramente acontece do dia para a noite. É preciso ter paciência consigo mesmo e cada um tem seu tempo e modo de enfrentamento dessa nova condição. À medida que a pessoa vai aprendendo as novas formas de se autocuidar e retorna às atividades cotidianas, a estomia passa a ocupar um lugar real na sua vida.
Cerca de 50 pacientes recebem atendimento em Itaúna
Em Itaúna, existem cerca de 50 pacientes com estomia. A Secretaria Municipal de Saúde atende à demanda do município e também das cidades de Itaguara, Itatiaiuçu e Piracema. O ambulatório para o atendimento da pessoa ostomizada em Itaúna funciona no Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas Dr. Ovídio Nogueira Machado (CEMO), no Bairro Morada Nova, “que é referência em atendimento especializado tanto em feridas quanto em estomia. Os pacientes recebem atendimento de uma equipe de enfermagem especializada e todos os equipamentos são disponibilizados pelo SUS”.