O adiamento da votação do Projeto de Lei Complementar de revisão do Plano Diretor de Itaúna está custando a perda de inúmeros benefícios para a comunidade, como têm avaliado profissionais da área de urbanismo, engenharia, regulação urbana e até mesmo políticos.
Agora, de forma mais consistente, o Jornal S’PASSO teve acesso a informações de que uma importante multinacional, há décadas instalada no município, poderá não expandir no município e gerar 350 novos empregos diretos se o Plano Diretor não for aprovado.
A direção da multinacional definiu transferir uma das unidades da empresa, com sede na Bahia para Itaúna, instalando o novo empreendimento no terreno onde ela já opera. Ocorre que essa transferência se inviabiliza uma vez que o imóvel para ampliação, de acordo com o atual Plano Diretor, está situado em área da zona rural e não em local de expansão industrial – previsto na nova legislação de estrutura urbana.
O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município e tem como finalidade regular a ocupação e proporcionar sustentabilidade e melhores condições de vida para a população. O PLC do novo plano diretor está em análise desde 2019, à espera de aprovação e execução.
Nas muitas idas e vindas ao legislativo e ao executivo, e nas oportunidades em que ele foi discutido, foram muitas as cobranças para que sua elaboração contemplasse interesses políticos e empresariais, além das ideias de arquitetos, urbanistas e membros de entidades de classes do município.
Agora, mais uma vez, a Câmara de Itaúna acena com a possibilidade de votação do PLC numa reunião extraordinária marcada para a tarde dessa sexta-feira (22). Os empresários envolvidos na negociação da vinda da empresa para Itaúna estão apostando num desfecho positivo com a aprovação do novo Plano Diretor e a possibilidade de alterações da referida legislação.