O livro 140 anos da história do Teatro em Itaúna, organizado pelo médico e teatrólogo Marco Antônio Lara, está nas estantes da Biblioteca do Congresso Nacional, em Washington, nos Estados Unidos. A solicitação foi feita pela biblioteca, através do consulado americano, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, Marco Antônio Lara tem concedido entrevistas a diversos veículos de comunicação e convidado a participar de eventos culturais no Estado, levando o nome de Itaúna a vários lugares.
A Biblioteca do Congresso é a instituição cultural mais antiga dos Estados Unidos. Localizada em três edifícios na capital Washington, possui mais de 155 milhões de itens, entre livros, manuscritos, jornais, revistas, mapas, vídeos e gravações de áudio, incluindo materiais disponíveis em 470 idiomas, sendo a maior do mundo, tanto em espaço de armazenagem como no número de obras.
O livro da história de Itaúna, de 240 páginas, centenas de fotografias e recortes de jornais e de programas teatrais, percorre a memória das artes cênicas desde os primórdios, registrada de alguma forma pelo povo do arraial de Sant’Ana do São João Acima. O ano era 1877, o início dessa aventura pelas artes dionisíacas, conforme noticiaria posteriormente o jornal Centro de Minas, fundado pelo empresário Manoel Gonçalves de Souza Moreira, em 1890. Num galpão improvisado, no largo da Matriz, aconteceram as primeiras encenações com atores santanenses. Os pioneiros foram José João Rodrigues Vieira, Antônio José dos Santos (Tonho do Bá) e Flávio de Faria Santos. A primeira peça foi A esperteza do rato, do dramaturgo português Rangel de Lima, que havia estreado em Lisboa dez anos antes. De 1877 até os dias de hoje os atores, atrizes, diretores, dramaturgos, cenógrafos, iluminadores, contrarregras, amadores e profissionais, seguem mostrando sua arte, nos teatros, nas ruas e praças, em cima de caminhão, sob a lona de circos, nos pátios de escolas, nos altares das igrejas etc.
Marco Antônio Lara é um desses profissionais do teatro. Ele começou há muito tempo, no palco improvisado do Colégio Estadual, com a peça O pagador de promessas, de Dias Gomes. Hoje divide a paixão pelas artes cênicas e por sua história com a medicina, onde atua como médico neurologista em Belo Horizonte.