Após vir à tona a controvertida e polêmica postagem do Colégio Recanto do Espírito Santo, que associa desenhos infantis com conteúdo sexual “inapropriado” para crianças, pessoas ligadas ao movimento LGBTQIA+ têm debatido o assunto e aproveitado para cobrar do poder público o projeto de lei que cria o Conselho Municipal dos Direitos dos LGBT. A proposta esteve na pauta do legislativo municipal no mandato anterior e após muitas discussões foi rejeitado já que, segundo denúncias do movimento, alguns setores conservadores pressionaram parlamentares para derrubarem a matéria.
O advogado Júnior Capanema, um dos defensores da criação do Conselho, afirma que têm muitas pessoas aproveitando o fato ocorrido no colégio católico para tirar vantagem política. O advogado chegou a polemizar com a vereadora Edênia Alcântara (PDT), num encontro virtual, onde fez estes reparos. Para o advogado a vereadora teve oportunidade de reeditar o projeto de lei do Conselho LGBT e não o fez depois de um ano de mandato. E agora, afirma Capanema, ela está nas redes sociais tratando do assunto e convidando as pessoas para a manifestação deste sábado (22) em desagravo à atitude, considerada homofóbica e preconceituosa, do Colégio. Edênia estaria inclusive propondo uma cotização financeira para a confecção de faixas para o ato público.
A vereadora e secretária da Mesa Diretora da Câmara se defende com o argumento de que sempre esteve ao lado das minorias, inclusive com a comunidade LGBTQIA+, e que o projeto de lei para a criação do Conselho tem que ser feito pelo executivo e não através da Câmara. Na opinião do advogado, essa proposição pode ser apresentada pelo legislativo sem que haja comprometimento financeiro.