Ex-fundadores do “Jornal Brexó” lembram os 44 anos do semanário

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A data de fundação do “Jornal Brexó”, que circulou em Itaúna de 1978 a 2016, foi o tema de um encontro de itaunenses. A iniciativa partiu do advogado e poeta Pedro Santos de Oliveira, um dos fundadores do semanário, que completaria o 44° ano de fundação este ano. Pedrinho reuniu os iniciadores do projeto jornalístico: Célio Silva, Carlos Márcio Bernardes, Huáscar Soares Gomide, João José Joaquim de Oliveira e Marco Antônio Beghini Pércope, além de e outros que foram funcionários ou colaboradores da empresa Sociedade Jornalística Brexó Ltda.

O Jornal Brexó foi um semanário irreverente, que nasceu com o propósito de noticiar as coisas da cidade, principalmente a política, e acolher em suas páginas as produções literárias da Itaúna “humana e pitoresca”, como já afirmara um escritor do passado. O “Jornal Brexó” combinava jornalismo corajoso com manifestações culturais na cidade, especialmente o carnaval, quando se lançou à avenida com um bloco que fez história nos festejos momescos.

Em 38 anos de circulação ininterrupta, o jornal encerrou suas atividades em novembro de 2016, o semanário Brexó viveu momentos de muitas dificuldades, por causa de perseguição de autoridades ligadas à ditatura militar (1964-1985) e de políticos insatisfeitos com a sua linha editorial, falta de anunciantes, ameaças de fechamento, processos judiciais e, até, agressão física ao diretor Célio Silva. Mas, também, vivenciou bons momentos, quando foi porta-voz de muitas pessoas que precisavam falar em sentido contrário ao senso comum da classe dominante e que não tinham espaço noutros veículos e instituições. O Jornal Brexó pôde viver um período de grandes conquistas para a cidade e contribuiu para isso e para as mudanças políticas para as quais Itaúna caminhava naquele início dos anos de 1980.

O encontro dos ‘brexoenses’ foi um momento de nostalgia e reminiscência, ao embalo de músicas da época. Os ex-jovens do Brexó, agora senhores de cabelos brancos e de barriga saliente, muitos deles avôs dedicados, se divertiram demais com as histórias de suas lembranças ou com as lembranças de suas histórias. Eles prometerem repetir a dose noutras oportunidades enquanto a memória ainda conseguir sustentar suas narrativas.

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