Agora é oficial a candidatura a deputado federal de Márcio Gonçalves Pinto, o Marcinho Hakuna. A palavra Hakuna vem de um dialeto africano e significa: “Paz de espírito” e Hakuna Matata, uma expressão do mesmo dialeto, diz: ”Tudo que te faz bem e te deixa feliz”.
O itaunense Marcinho Hakuna é marido da Gina, pai de Caio, Maria Júlia, Theo e, também, do Louie, o dog. Ele é músico por vocação, empresário, foi assessor parlamentar por 12 anos, vereador em dois mandatos. Foi presidente da Câmara e suplente de deputado federal. Gosta de lembrar que foi autor da lei que aboliu o voto secreto nas votações do legislativo e da que criou o cadastro dos portadores do diabetes, dentre outras proposições. Marcinho Hakuna falou ao Jornal S’PASSO sobre sua candidatura e propostas.
Jornal S’PASSO – Depois de oficializar sua candidatura no partido, começam os trabalhos junto aos eleitores. Como estão suas atividades como candidato a deputado federal? Qual é a grande motivação para se candidatar? Como será a campanha em Itaúna? As alianças já estão sendo costuradas ou ainda é cedo?
Marcinho Hakuna – Sim. A convenção nos confirmou candidato a deputado federal, definitivamente. Mas bem antes disso, em 2018, quando ficamos na suplência e, por muito pouco não nos tornamos deputado, continuamos o trabalho de base, tanto aqui em Itaúna quanto em várias cidades da microrregião, às quais chamo carinhosamente de “cidades irmãs”. Foram mais de 2 milhões de reais em recursos para entidades das mais queridas de Itaúna, Mateus Leme, Itatiaiuçu, Itaguara, Piracema e outras mais. Cito inicialmente o Hospital Manoel Gonçalves onde concentramos a maior parte desses valores até porque é a instituição que mais sofre o impacto das cidades vizinhas. Mesmo sem mandato, só para o Hospital ultrapassamos R$1,7 milhões, mais do que qualquer deputado com mandato destinou. E ainda as APAE’s de Itaúna, Piracema e Itaguara; a ADEFI, Associação Acolhendo Sorrisos, Lar dos idosos de Itaúna, CRASI e Fundação Frederico Ozanan, Lar São Matheus em Mateus Leme e em Piracema, o Asilo Padre Basílio. Enfim, concentramos os nossos esforços para auxiliar entidades e instituições que fazem um trabalho comprovadamente sério e que precisam ser mais valorizadas, dada a importância que têm para a comunidade.
Desde sempre gostei de fazer pelas pessoas, pela minha comunidade, mesmo antes de entrar para a vida pública. É algo natural, por ser vocacional, e vocações são dons de Deus e precisam ser multiplicadas. Encaro isso como uma predestinação e esse é meu maior objetivo, trabalhar por Itaúna, por Minas e pelo Brasil.
Por Itaúna especificamente, sempre quis fazer mais por motivos óbvios. Itaúna é meu amor, minha vida, é aqui que eu me criei, cresci, me casei, tive e crio meus três filhos e onde tenho uma legião de amigas e amigos. Qualquer coisa que eu faça é pouco frente à gratidão que tenho pela minha cidade.
Nossa campanha vai ser feita com apoio das nossas famílias, dos nossos amigos e de todas as pessoas que já entenderam que, enquanto a cidade ficar à mercê da vontade de grupos, a única que perde é Itaúna e, obviamente, os itaunenses.
Nossa aliança é com essas pessoas especiais e com as instituições e organizações que se interessam em trabalhar para colocar Itaúna e nossas cidades irmãs num degrau acima dos interesses pessoais e de grupos políticos.
Jornal S’PASSO – Ainda existem possibilidades de conversa com outros candidatos para que Itaúna saia com apenas um ou dois nomes e mais fortalecida, como querem alguns?
Marcinho Hakuna – Essa era minha vontade inicialmente. Cheguei a me sentar com uma candidata, mas a conversa não evoluiu. Independente disso, do meu projeto e ainda que não seja por agora, eu acredito que até por uma questão de bom senso, há de chegar uma hora em que os candidatos devem se desapegar dos projetos pessoais e se curvarem à vontade da maioria que é conseguir a representatividade tão esperada e necessária. Claro que usando de mecanismos e critérios sérios, conduzidos por pessoas do mesmo grau ético.
Jornal S’PASSO – Vivemos um momento conturbado na política brasileira, com uma forte polarização em nível federal. Como você vê o cenário político no que diz respeito às eleições para presidente? Muitos preveem que as eleições 2022 terão uma temperatura mais alta, até mesmo com ocorrência de violência física, por causa do acirramento das paixões ideológicas de grupos ligados aos candidatos Bolsonaro e Lula. Qual é sua análise?
Marcinho Hakuna – Sabemos que existe uma discussão polarizada de grupos de Esquerda X Direita que não leva ninguém a lugar nenhum. Trata-se apenas de interesses de grupos, portanto não realizam o anseio da maioria. Meu foco é Itaúna, as cidades irmãs, nossas famílias e as discussões que venham trazer benefícios para as pessoas. Mais que isso, é interesse pessoal ou de grupos e precisamos nos livrar disso.
Jornal S’PASSO – Qual é a avaliação sua sobre o governo Zema e do presidente Jair Bolsonaro?
Marcinho Hakuna – A meu ver houve erros e acertos nas duas esferas, no meu conceito, mais acertos.
Jornal S’PASSO – Mais especificamente de Bolsonaro, como você avalia as críticas que ele faz do processo eleitoral ao colocar em dúvida a confiança nas urnas eletrônicas?
Marcinho Hakuna – Muito difícil opinar sobre algo em que não detenho a técnica, portanto prefiro não opinar.
Jornal S’PASSO – Vamos falar do fundo partidário. Usar ou não usar? No seu caso, como ele será distribuído pelo Avante em Minas Gerais?
Marcinho Hakuna – É um tema polêmico por se tratar de recursos públicos, mas necessário para tornar a disputa menos desigual. O Avante irá distribuir proporcionalmente, baseado na área de abrangência e atuação de cada candidato, mas seguindo critérios ainda mais rigorosos que os órgãos de fiscalização públicos.
Jornal S’PASSO – A sua campanha contará com uma dobradinha com algum candidato a deputado estadual em Itaúna?
Em 2018, Itaúna escolheu Marcinho Hakuna e Gustavo Mitre e acredito que agora novamente. Tivemos a mesma votação aqui e fora nas cidades vizinhas. Acho que por perfil, por sermos amigos muito próximos, parceiros de caminhada e a propósito, naquela eleição eu era candidato a deputado estadual e, a pedido do Gustavo, mudei minha candidatura para federal por entender que as chances dele naquele momento eram maiores que as minhas. Não me arrependo por um segundo de tê-lo feito, por mim, pelo Gustavo Mitre e por Itaúna. Seria uma incoerência não concentrar todos os esforços onde havia chance maior de termos representatividade. Com serenidade, afirmo que fiz o movimento certo, tudo por Itaúna.