A candidata a deputada estadual de Itaúna entrevistada pelo Jornal S’PASSO dessa edição é Gislene de Cássia Pinto, 55, do Avante. Essa itaunense adotiva e Cidadã Honorária é natural de Bom Despacho, mas foi em Itaúna que criou a família e percorreu grande parte da carreira profissional. Ela trabalhou no Instituto Estadual de Florestas, prestou serviços no Posto de Saúde do Bairro Piedade, onde sempre morou e criou os filhos. Atuou como delegada da saúde nas esferas municipal, estadual e federal representando o município. Gislene de Cássia é perita ambiental e pós-graduada em Direito do Trabalho.
Sua atuação política começou ainda muito jovem, em participações como cabo eleitoral. Trabalhou como assessora parlamentar de três deputados estaduais e também de um vereador em Itaúna. Pratica o voluntariado há mais de 25 anos, principalmente na saúde, e por essas causas recebeu homenagens de diversas entidades.
A atuação na política partidária sempre esteve ligada ao PSDB. Deixou a sigla para filiar-se no Avante, onde foi candidata a deputada estadual em 2018 e a vereadora nas últimas eleições.
Jornal S’PASSO – Como está sua campanha e qual é a grande motivação para se candidatar? Como tem sido o trabalho na conquista dos eleitores? A senhora pretende resgatar sua ligação com Itaúna e o seu trabalho ao lado de outros políticos da cidade?
Gislene de Cássia – Nossa campanha está tranquila, até um pouco devagar, pois ainda estamos sem o material físico, não contamos com muitos recursos financeiros, mas o trabalho boca a boca, corpo a corpo, está a todo vapor, com muita humildade e simplicidade, como sempre fiz e sou.
Nossa campanha será sem muito barulho, sem sujeira, focada nas redes sociais, batendo de porta em porta e fazendo reuniões em casas, sempre buscando ouvir as demandas e necessidades da população.
O que me motiva a candidatar a deputada estadual é o trabalho por uma Minas Gerais melhor, com uma política limpa, buscando fazer o melhor para todos. Trazer empresas novas para Itaúna, que está ficando para trás. Trabalho muito em prol da saúde e como deputada essa também será uma pauta importante a ser trabalhada. Quero buscar o diferente e não estou prometendo nada, mas estarei sempre trabalhando e correndo atrás para tentar melhorias para nosso estado, para a nossa querida Itaúna e cidades vizinhas.
Se for possível e houver uma oportunidade que valha a pena, irei trabalhar sim ao lado de outros políticos da cidade, pois acredito que a união faz a força e precisamos buscar o melhor para Itaúna.
Jornal S’PASSO – Ainda existem possibilidades de conversa com outros candidatos para que Itaúna saia com apenas um nome para a Assembleia, como querem alguns?
Gislene de Cássia – Sim, da minha parte existe essa possibilidade. Estou aberta para conversar, ouvir e fazer o que for melhor para Itaúna.
Jornal S’PASSO – Vivemos um momento conturbado com uma forte polarização em nível federal. Como você vê o cenário político no que diz respeito às eleições para presidente? Muita gente prevê uma temperatura mais alta por causa do acirramento das paixões ideológicas de grupos ligados aos candidatos Bolsonaro e Lula. Qual é sua análise acerca disso?
Gislene de Cássia – O cenário das eleições para presidência está preocupante, já estamos vendo e recebendo as famosas fake news, mentiras inventadas para prejudicar uns aos outros. O que vemos é que as pessoas estão dispostas a qualquer coisa para ter seu candidato eleito. Isto está errado e, como já disse, é preocupante. Na minha opinião, está na hora de mudar. Bolsonaro e Lula já tiveram suas oportunidades e já mostraram suas formas de trabalho, positivas ou não. E eu, como mulher, gostaria muito que a mulheres tivessem mais oportunidades e representatividade na política.
Jornal S’PASSO – Qual é a sua avaliação sobre os governos Romeu Zema e Jair Bolsonaro? Com quem você está caminhando?
Gislene de Cássia – Acredito que o Zema fez um bom trabalho, buscou melhorias para no nosso estado e tentou arrumar a casa dentro do possível. Na minha opinião, o Bolsonaro até começou bem, mas não concordo com a postura explosiva e agressiva que ele teve no decorrer do seu governo, atacando profissionais e religiões…Enfim, todos têm os lados positivos e negativos que agradam mais alguns e outros não, mas o que não podemos permitir e aceitar é a violência, intolerância e falta de respeito com aqueles que não têm a mesma opinião que a nossa. Ainda não defini quais serão meus candidatos, estou avaliando.
Jornal S’PASSO – Mais especificamente de Bolsonaro, como você avalia a críticas que ele faz do processo eleitoral ao colocar em dúvida a confiança nas urnas eletrônicas?
Gislene de Cássia – É claro que dúvidas podem surgir sobre qualquer coisa, mas não podemos falar e criticar sem embasamento, ainda mais sobre algo tão importante. Há muitos anos as urnas eletrônicas garantem eleições limpas e seguras.
Jornal S’PASSO – E sobre a polêmica em torno do uso ou não do fundo partidário? E, no seu caso, como será distribuído pelo seu partido?
Gislene de Cássia – Acredito que se o fundo partidário existe, ele precisa ser usado para o que realmente é destinado. Mas não é o que vemos, a maioria dos partidos não libera recursos, distribuem apenas santinhos e às vezes só no final da campanha, prejudicando nosso trabalho. Na eleição passada não recebi nada e até agora também não, estou aguardando, porque por mais simples que seja, nós temos gastos para realizar uma campanha e competimos com candidatos que têm muitos recursos financeiros.
Jornal S’PASSO – A sua campanha fechou dobradinha com algum candidato a deputado federal por Itaúna?
Gislene de Cássia – Ainda não. Eu gostaria muito, mas até o momento não consegui uma parceria benéfica para os dois lados.
