Cidadão pede socorro para o Novo Horizonte e diz que a comunidade não pode mais conviver com o descaso e o preconceito

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Usando o espaço destinado à ‘Participação Popular’ na Câmara Municipal, no início dessa semana, o cidadão Cristiano José dos Reis denunciou a falta de investimentos do poder público no Novo Horizonte. A comunidade, urbanizada nos anos de 1980 pelo então prefeito Francisco Ramalho, que acabou com o “lixão”, que fora instalado naquele lugar, e deu dignidade de moradia a inúmeras famílias, é vista hoje apenas como um “lugar perigoso, de tráfico de drogas e de violência”. “Onde não existe em Itaúna tráfico de drogas, violência? O Novo Horizonte tem pessoas, humanos, como em qualquer lugar”, enfatizou. O rapaz afirmou que o Novo Horizonte é um bairro onde existem trabalhadores, com famílias, crianças, jovens e idosos, que necessitam do olhar do poder público para o lazer, a saúde, a segurança, a educação etc.

“As coisas não chegam lá, nada chega lá, nossas crianças não têm um parquinho, as ruas são mal iluminadas e a falta de lazer e de outros benefícios é o grande problema que me faz vir aqui sempre e já ser apontado como aquele que vai na “casa da humilhação” – pois dizem que estou é sendo humilhado –, nunca se resolve nada”, queixou-se.

Os vereadores apoiaram a fala do orador na ‘Participação Popular’ e prometeram que irão atrás das reivindicações dos moradores no Novo Horizonte. Edênia Alcântara (PDT), que foi criada na Vila Nazaré, vizinha do Novo Horizonte, afirmou que os benefícios para as comunidades de periferia sempre foram e serão até o fim, a sua bandeira. E que não haverá diminuição do tráfico de drogas, da violência que mata jovens, bem como de outros problemas sociais no município enquanto não houver políticas públicas para bairros como Novo Horizonte, Vila Nazaré, Santa Edwiges, Morada Nova, entre outros.

Os vereadores Antônio de Miranda (PSC) e Kaio Guimarães (PSC) prometeram encaminhar emendas impositivas para auxiliarem na execução de projetos de lazer para o Novo Horizonte.