A investigação de empresários do transporte público em Minas Gerais por fraudes na Previdência Social foi suspensa pela Justiça Federal. Na decisão proferida pelo juiz Jorge Gustavo Serra de Macedo Costa, da 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, foi anulada a operação realizada pela Polícia Federal em 6 de junho, que incluiu buscas e apreensões nos endereços dos proprietários da Saritur.
De acordo com a Polícia Federal e a Receita Federal, o grupo era suspeito de abrir várias empresas sem pagar impostos, com o intuito de ocultar seu verdadeiro patrimônio, causando um prejuízo de mais de R$ 735 milhões aos cofres públicos. No entanto, o juiz mencionou que os empresários já haviam firmado um acordo, em março deste ano, com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no valor de R$ 766 milhões, para assumir e quitar os débitos.
Esse montante corresponde a todos os créditos tributários registrados como dívida ativa da União e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O juiz argumentou também que a operação não teria sido autorizada pela Justiça se a polícia tivesse apresentado previamente essa documentação.