Com o lançamento do livro “Os Girassóis de João”, da Ramos Editora, a escritora itaunense Maria Lúcia Mendes emplaca a sua 17ª obra e comemora 40 anos de vida literária. O evento aconteceu na noite de sexta-feira (18) no foyer do Espaço Cultural Adelino Pereira Quadros, com a presença de inúmeras pessoas: familiares, amigos, escritores, ex-alunos. Maria Lúcia é também professora com muito mais anos de magistério do que de ficcionista de livros adultos e infantis.
O filho mais velho, Moacir Júnior, músico, cuidou da trilha sonora do evento, ao som do saxofone; a amiga e cantora Maria Helena Corgozinho esteve à frente do cerimonial. Coube à também amiga, escritora e professora Vera Macedo, a saudação à autora de “Os girassóis de João”. Integrantes do Grupo de Sarau Maria Ester Matos recitaram poemas de autoria de Maria Lúcia e de outros poetas nacionais.
Maria Lúcia falou de sua estreia na literatura com o livro de crônicas e contos intitulado “Recado em padras (e pétalas), em abril de 1983. De lá para cá foram muitos caminhos, muita produção literária, vasta publicação e diversos prêmios por todo o país, até mesmo da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. “Escrever é um dom divino. Não sabia de onde saiam as inspirações para as minhas obras, a minha poesia, as minhas histórias, agora sei que vem de Deus. Sou uma mulher simples e não pensava que chegaria a tanto. Meu primeiro livro demorou mais de três anos para sair e chegar à publicação. Estava muito insegura, com medo. Não fosse a grande ajuda do saudoso Dr. Guaracy e, depois, dos meus leitores, não teria conseguido. Tenho leitores em várias partes do país. Gente que eu não conheço pessoalmente e que nunca me viu também. Sou muito grata por estar aqui, por ter conseguido mais essa obra”, destacou.
Sua nova obra nasceu pouco depois da pandemia da Covid-19 e é uma coletânea de contos. O título veio depois de uma conversa com o seu neto mais novo, João. Ele achou uma florzinha amarela no quintal e veio mostrar a avó, com um enorme contentamento: “Olhe vó, como são lindos os girassóis!”. Pura poesia.