Na próxima quarta-feira (4) completa um mês que o Jornal S’PASSO encaminhou ao SESI Itaúna algumas perguntas sobre o projeto de tombamento do Teatro Vânia Campos, protocolado pela Associação Cultural Vânia Campos, sob a responsabilidade do médico e teatrólogo Marco Antônio Machado Lara. As questões, encaminhadas, via e-mail, à coordenadora do SESI, Gisele Amanda Vieira, não foram respondidas até o momento. No mesmo dia 4 de setembro, Gisele comunicou à reportagem – por telefone e, depois, por e-mail – que as perguntas foram encaminhadas ao setor responsável na FIEMG, em Belo Horizonte.
A Associação Cultural Vânia Campos e demais artistas e gestores culturais interessados no destino do Teatro Vânia Campos estão sem rumo diante do silêncio da coordenação do SESI. A Secretaria Municipal de Cultura, também chamada a opinar sobre o tombamento do Teatro Vânia Campos, também não respondeu às perguntas do Jornal S’PASSO.
Aqui estão os questionamentos feitos pela reportagem ao SESI Itaúna:
- A Associação Cultural Vânia Campos busca efetivar o tombamento desta casa de espetáculos junto ao Codempace e garantir sua preservação como patrimônio cultural do município. Qual é a posição do SESI sobre essa demanda? Algo tem sido feito pelo SESI para que isso aconteça?
- A ACVC quer, também, que o SESI desenvolva uma programação regular de eventos e atividades culturais para melhor usar o espaço. A crítica é que o Teatro Vânia Campos está subutilizado pelo SESI.
- É possível que o SESI/FIEMG desenvolva uma parceria com a Associação Cultural Vânia Campos para que o espaço seja efetivamente utilizado?
O que vai ser do Teatro Vânia Campos?
Marco Antônio Machado Lara encaminhou à redação seu posicionamento diante do silêncio do SESI sobre o tombamento da casa de espetáculos sob sua administração.
Segundo ele, quando o SESI recebeu do Poder Público a doação do terreno às margens do Rio São João, sabia que estava indo junto um Teatro. “E que fique bem claro: um Teatro com T maiúsculo: o Teatro Vânia Campos. O Teatro Vânia Campos é um bem cultural de valor inestimável e indiscutível”.
Marco Antônio destaca que durante o período em que o TVC foi administrado pela Associação Cultural Vânia Campos ficou demonstrado todo potencial da casa de espetáculo e de cultura. “Agora, com as portas apenas semiabertas, o SESI vai estrangulando lentamente o Teatro, provocando uma hipóxia cultural que está deixando a cidade mais pobre. Quem detém o Teatro Vânia Campos tem a obrigação de colocar em funcionamento todo seu potencial, em prol de toda a comunidade”.
Contonho salienta ainda que quando eu se pronuncio publicamente através da imprensa, defendendo o Tombamento do Teatro Vânia Campos, falo em nome do povo. “Sempre que estou em Itaúna, alguém me pergunta, seja na praça, seja fazendo compras no Rena, seja em uma festa de aniversário: “E então? O que está acontecendo com o Teatro? O que vai ser do Teatro?”.
Eu passo a pergunta ao SESI: “E então? O que vai ser do Teatro?”.
Assim, mais uma vez, eu conclamo ao SESI que se pronuncie. Qual vai ser a política cultural que o SESI vai desenvolver para honrar, diante do povo de Itaúna, a doação de um bem tão precioso e necessário quanto o Teatro Vânia Campos?”, pontuou.