Karen Chequer lança a coletânea de crônicas “O livro que emprestei”, dia 3, em Belo Horizonte

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“O livro que emprestei” é o título de uma coletânea de crônicas da escritora itaunense Karen Miranda Chequer, que é médica, advogada, licenciada em Letras Português-Inglês, mestre em Administração e ex-estudante de teatro. Embora tenha encontrado na Medicina sua grande missão, não gosta de se definir pela carreira. Afinal, acredita que todas as pessoas significam muito mais que os cargos e títulos que possuem.

Karen Chequer conversou com a reportagem do Jornal S’PASSO e assim se definiu: “Karen é filha, é irmã, é tia, é amiga, é colega de trabalho, é turista apaixonada, é carnaval, é oração e fé. É, em síntese, uma metamorfose ambulante. Como você, leitor, múltiplo, potente, complexo, a quem ela, emocionada, empresta este livro”.

Para gostar de ler… e de escrever

Karen sempre gostou de escrever, desde a infância. A leitura também é um hábito que faz parte de sua vida. Mesmo antes de iniciar a escola, seus pais, o professor e reitor da Universidade de Itaúna, Faiçal David Freire Chequer e a pedagoga Dione Miranda Chequer, lhe presenteavam com livros. Cresceu lendo muito.

Uma casa cheia de livros, na escola, também, a boa literatura

Perguntamos quais são seus estilos. São vários: crônicas, biografias, poemas, alguns romances clássicos. A escritora relata que por ser filha de educadores, teve em casa incentivadores à leitura desde tenra idade. “Como não havia Internet, minha mãe adquiria livros infantis diretamente de um livreiro que passava em nossa casa e lembro de ter sempre muitos livros. Alguns vinham com disco de vinil (acho que estou velha rs) e lembro de ouvir as histórias, enquanto folheava as páginas coloridas. Anos depois, na escola, os professores do Colégio Sant’Ana, também incentivavam muito a leitura. Frequentávamos a biblioteca do prédio central e podíamos escolher os livros que quiséssemos levar para casa. Muitos livros recomendados no Colégio, como a série Karas, do Pedro Bandeira, e os livros da coleção Vagalume só aumentaram meu amor pela leitura.

Correspondência com o escritor Pedro Bandeira

Uma história que poucos conhecem: na época de Colégio, mandei uma carta ao Pedro Bandeira dizendo que gostaria de ser escritora como ele. Recebi uma resposta assinada por ele, incentivando meu “sonho” de escrever e dizendo que eu deveria estudar e ler mais que 90% da humanidade. Guardei a carta por mais de 30 anos e, numa bienal do livro, em 2015, ele autografou novamente a carta”, pontua.

Poder transformador dos livros

Karen lecionou até pouco antes de formar-se em Medicina e em sua atuação na sala se aula também incentivou os alunos a lerem. “A leitura muda vidas. Eu acredito no poder transformador dos livros. Às vezes uma leitura muda nossa forma de pensar a vida. Na Universidade, cobrava pelo menos a leitura de um livro não técnico durante o semestre. Os alunos gostavam do livro. Um me confessou que foi o primeiro livro que ele leu na vida. Isso é triste. Somos um país que não lê e não incentiva a leitura e nossas crianças perdem muito com isso”, enfatiza.

Livros não nascem para seus autores, eles têm vida própria

A amante das letras, profissional de medicina e agora envolvida com uma publicação literária revela que nunca imaginou que publicaria um livro. “Em um dos mais desafiadores anos da minha vida, 2023, não cogitaria tampouco essa ideia. Livros, porém, como a vida, não seguem nossos rígidos planos. Em meio à dor, à espiritualidade forte que cultivo, a algumas alegrias e, principalmente, por incentivo de pessoas muito especiais no meu caminho, nasceu “O LIVRO QUE EMPRESTEI”, uma coletânea de crônicas da minha vida (que podem ser da sua também), com textos do passado, desde meus 13 anos, adolescência e juventude e do presente, escritos em 2023. Muitos desses textos já tinham sido publicados no passado no “Jornal Social Luiz Parreiras”, mas o livro O LIVRO QUE EMPRESTEI, do jeito que organizei e com textos inéditos, não foi publicado em outro meio antes.

Um livro que agora é, ainda mais, uma homenagem ao meu cachorro Bento, falecido recentemente, um dos personagens desses textos que misturam fé, amizade, dor, alegria, VIDA.

Afinal, tudo o que esse livro envolveu, seu “nascer”, sua capa, seu local de lançamento, o primeiro contato com a @editora_ramalhete, foi meio mágico, acreditem. Mágico como a vida também pode ser. “Escritas às vezes em meio a lágrimas, às vezes com o peito inflado de gratidão, e sempre com uma emoção genuína, um “desassossego” na alma, espero, sinceramente, que estas palavras possam lhe tocar de alguma forma. Afinal, livros não nascem para seus autores. Livros têm vida própria. Nascem quando querem. Brotam com força indestrutível. Livros se lançam no mundo e, se tocam um coração, não morrem jamais.”, revela.

Lançamento na Livraria da Rua, em BH, com show musical ao vivo

O lançamento de “O Livro que emprestei” será no sábado, dia 3 de fevereiro, na Livraria da Rua, na Antônio de Albuquerque, 913, bairro Funcionários, em Belo Horizonte, das 11h às 14 horas. Haverá música ao vivo da banda de blues Suíte 145, das 13h às 15h.

“Não há previsão de evento em Itaúna, pois, pela proximidade e por eu estar morando em Belo Horizonte, será feito um lançamento único. As pessoas podem adquirir o livro no dia do lançamento na Livraria da Rua. Após o lançamento, ele estará disponível para venda no site www.editoraramalhete.com.br e nas seguintes livrarias em Belo Horizonte: Leitura (Pátio Savassi); Quixote; Jenipapo; Livraria do Cine Belas Artes e Livraria da Rua.

Se alguma livraria em Itaúna tiver interesse em disponibilizar alguns exemplares, pode fazer contato com a Editora Ramalhete, mas, por enquanto, o livro estará disponível no site e nessas livrarias apenas”, esclarece.