Maria Lucia Mendes
Pedro Nilo Vilaça e Silva, médico, Itaunense, poeta é um talento jovem que muito promete. Seus versos pairam, ora como indagações, ora respostas onde a poesia fala, grita ou sussurra. “Pensar pobre a origem das coisas quaisquer coisas, todas é voar em voo eterno”, lendo-o é como mergulhar no ego da existência humana, sem resposta. É enxergar nem o começo nem o fim, nem o nada e nem o tudo.” A indagação perneia sua obra do princípio ao fim; ou sou humano ou sou um simples verme diante do pulsar da vida.”
Pairam sobre os versos de Pedro Nilo uma subjetividade intimista e lírica tendo como cenário os conflitos humanos que a vida impõe a cada um de nós.
“E já vai me esfarelando a cabeça e leve fica como nunca de modo que vão me incompreendendo e eu também já não entendendo acho o corpo pesado demais.”
Um lirismo velado e subjetivo em versos de saudades, de eternidade, outros pairam na compreensão dos loucos e na infinidade dos pensamentos.
Flauvertes, Fúgubres Aspirais. Seja bem vindo ao mundo mágico da poesia sem identificá-la como fatalidade ou loucura. Seja apenas um poeta.