Cia. Tecidos Santanense: Em audiência na Procuradoria do Trabalho,  empresa estipula prazo para pagamento de salários atrasados

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Na manhã de quinta-feira (29), foi realizada audiência referente à ação dos trabalhadores da Cia. Tecidos Santanense, que estão afastados da empresa desde dezembro de 2023, sem receber o pagamento de salários e benefícios, como vale-leite e ticket alimentação. A audiência foi realizada na Procuradoria do Trabalho, em Divinópolis, sob a presidência do Procurador Alessandro Batista Beraldo, com a participação do advogado da empresa, Carlos Alberto Arikawa; do representante da  Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, o auditor fiscal, Carlos Alberto Menezes de Calazans; do representantes do Sindicato dos Tecelões de Itaúna, presidente Thiago Augusto dos Santos, diretor Bráulio Henrique de Oliveira e advogada, Izabella de Paula Vítor.

Carlos Calazans relatou a situação dos empregados da Santanense, sem emprego, sem salário e sem informações consistentes dos empresários. A fala de Calazans foi corroborada pela advogada do Sindicato Izabella Vítor, revelando que a entidade ingressou com várias ações trabalhistas individuais, cobrando pagamento de salários, FGTS, entrega do leite e ticket alimentação. Também, ingressou com ação coletiva para entrega de leite. Relatou também que o Sindicato tem recebido diversas denúncias nesse sentido. Questionada por Calazans, a advogada respondeu que o último pagamento completo de todos os funcionários foi feito em dezembro (relativo ao trabalho de novembro); que o 13º foi pago integralmente; que as fábricas de Itaúna e Pará de Minas estão fechadas há aproximadamente três meses.

O advogado da Cia. Tecidos Santanense, Carlos Arikawa, informou que a empresa está com suas atividades paralisadas, desde meados de dezembro de 2023, mas que não há previsão de fechamento da empresa; que a mesma está trabalhando para retornar as atividades o mais rápido possível e colocar os salários em dia, que há projetos sendo elaborados para no prazo de 30 dias efetuar o pagamento dos salários. Ele ressaltou que a prioridade da empresa é o pagamento dos salários, mas informou que desde os atrasos dos salários, alguns empregados deixaram de ir trabalhar.

Trabalhadores apreensivos e com dificuldades financeiras

O superintendente Carlos Calazans questionou a empresa sobre a apreensão dos trabalhadores por estarem há muito tempo parados sem receber seus devidos salários, consequentemente com dificuldades financeiras sérias, precisando urgente de informações de quando irão voltar às suas atividades e receber seus pagamentos. O advogado Arikawa disse não possuir informações do prazo de retorno das atividades, mas garantiu que o acerto das verbas salariais será regularizado no prazo de até 30 dias. E o pagamento dos demais benefícios será informado na próxima audiência, a princípio marcada para o dia 20 de março, às 9h30, no mesmo local.