Problema das caçambas de entulho continua e a destinação dos resíduos parece estar longe de ser solucionada

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O problema das caçambas de entulho continua rendendo assunto entre a população e os políticos, que cobram uma solução para o descarte desse material recolhido por empresários do setor. As caçambas estão espalhadas pela cidade, abarrotadas de restos de construção e algumas pessoas aproveitam para jogarem nelas o lixo comum e até, animais mortos. Essa semana uma delas foi até incendiada numa rua no centro da cidade.

Outro problema decorrente é o valor cobrado pelos empresários responsáveis pelo serviço, R$ 550,00 para o atendimento de uma caçamba. As mesmas, depois de contratadas, ficam indefinidamente nas ruas, já que o seu esvaziamento é outra questão a ser solucionada. O vereador Joselito Gonçalves (PRD) tratou do assunto na Câmara e afirmou que recebeu denúncias de que empresas estão descartando o material de caçambas em qualquer lugar, até próximo da “barragem velha”. Ele diz que mesmo com esse serviço irregular, o preço cobrado pelos proprietários das caçambas é muito alto para grande parte da população.

Ao Jornal S’PASSO o vereador afirmou que este problema de recolhimento do entulho via caçamba merece uma avaliação minuciosa por parte da Secretaria de Regulação Urbana – Gerência de Meio ambiente – e do próprio executivo municipal. “Precisamos de ações que garantam um descarte consciente e que tenha um preço acessível para a população”, opinou.

Projeto pretende disciplinar serviço

De autoria do vereador Ener Batista (PMN) um Projeto de Lei Complementar (PLC) visa disciplinar o serviço de caçambas com a alteração da Lei n° 1.821, de 02 de maio de 1985, que institui o Código de Posturas do Município de Itaúna.

De acordo com o PLC, a lei passa a vigorar com a seguinte redação: “serão considerados entulho os resíduos industriais de oficinas, entulhos produzidos nas obras de construção, reforma ou demolição civis, resíduos de poda de árvores, capinagem de terrenos não edificados e quaisquer outros materiais sólidos inservíveis, não podendo os mesmos serem descartados de forma irregular nas vias públicas no âmbito do perímetro urbano ou rural.

Na justificativa da matéria o vereador afirma que, de acordo com a legislação atual o descarte destes materiais sólidos inservíveis precisa observar normas criteriosas para que o material descartado tenha a destinação correta, sem causar prejuízos para a população e para o meio ambiente.

“Cumpre mencionar que o descarte irregular destes materiais tem potencial de trazer diversos transtornos para a população local visto que podem servir de acumulo de pragas e animais peçonhentos o que, por sua vez, podem gerar riscos à saúde da população em geral. Ademais, estes materiais descartados ao ar livre acumulam águas das chuvas servindo como foco de larvas do mosquito da dengue. É de conhecimento notório que o brasil passa por uma crise de grandes proporções em relação a dengue, batendo recordes de mortes em 2024. Neste sentido, é de extrema necessidade que atos de descarte irregular sejam coibidos pelo poder público afim de se assegurar o bem estar da comunidade local, o equilíbrio do meio ambiente a preservação da saúde da população de Itaúna”, justificou.