A Cia. Tecidos Santanense voltou suas atividades depois de mais de cinco meses paralisada, mas seu funcionamento ainda não é pleno. As informações passadas ao Jornal S’PASSO por servidores da fábrica, participantes do movimento que vem reivindicando a regularização do serviço e dos pagamentos em atraso, indicam que esse reinício, após o processo de Recuperação Judicial, ainda caminha a passos lentos. Algumas máquinas ainda não foram ligadas, não houve o desligamento de alguns trabalhadores que estão na lista da redução de quadros e falta material. Mas, a fábrica “está rodando”. Foram encaminhados para Itaúna tecidos fabricados em Pará de Minas – onde a fábrica também está reativada – para serem finalizados com o tingimento.
As informações passadas à reportagem também dão conta de que os empregados ficaram insatisfeitos diante de um impasse que ainda não foi solucionado. A direção da Cia. Tecidos Santanense propôs a redução do ticket alimentação, hoje no valor de R$ 700,00 para R$ 450,00 até dezembro e R$ 550,00 de janeiro até maio do próximo ano. “É uma situação delicada e não podemos aceitar, é inadmissível pois vão tirar da mesa do trabalhador e isso é complicado. Os funcionários da empresa começaram a ficar desanimados novamente com a empresa diante dessa proposta. Acredito que até o início da próxima semana teremos um retorno da empresa sobre o assunto, mas não queremos abrir mão do valor já conquistado do ticket. No mais, o dia a dia está correndo tranquilo, o pagamento caiu na data certa e, agora, é rezar para que continue dando certo”, esclareceu Vilaine de Carvalho, líder do movimento dos trabalhadores.
