Frequentadores e comerciantes da Rodoviária reclamam do grande número de sem-teto no local

Usuários de drogas intimidam as pessoas e ameaçam os profissionais que atuam no local

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O Jornal S’PASSO recebeu denúncias de frequentadores e comerciantes do Terminal Rodoviário contra a presença crescente de moradores em situação de rua – usuários de drogas –  neste local, causando confusão com os mesmos e com pessoas que frequentam o lugar diariamente, como os passageiros de ônibus. Eles relatam abordagens intimidatórias, especialmente àqueles que não lhes dão dinheiro, brigas constantes entre os sem-teto e ameaças aos profissionais que trabalham no Terminal, dificultando, inclusive, o uso da água para lavagem dos veículos dos taxistas.

A Polícia Militar tem sido acionada com frequência e um dos motoristas de táxi que procurou a reportagem disse que, muitas vezes, a Polícia Militar deixa de comparecer ao local por entender que o problema é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. O taxista afirma que esse problema está relacionado ao funcionamento do Posto do Migrante no prédio da Rodoviária, facilitando a presença de muitas dessas pessoas, da própria cidade e vindas de outros municípios. Ele relata que já foi solicitado à Prefeitura a transferência deste equipamento da Secretaria de Desenvolvimento Social para outro local, a fim de diminuir a presença de pedintes e de usuários de drogas ali.

“Eles estão fazendo da Rodoviária de morada. Você pode ir lá agora e vai encontrar uns cinco. Todos nós estamos incomodados, não somente os taxistas, os comerciantes lá de dentro e nas imediações também. O movimento comercial tem até diminuído. Nada é feito. Nossa reivindicação é que essa sala seja retirada de lá”, relata.

Ponto estratégico para o atendimento

A reportagem solicitou um posicionamento da Prefeitura e a secretária de Desenvolvimento Social, Alessandra Nogueira, afirmou que o Posto Avançado do Migrante desempenha um papel crucial como ponto de apoio para indivíduos em situação de rua ou que, temporariamente, enfrentam vulnerabilidade social. “Sua localização estratégica facilita um controle mais eficaz na distribuição de passagens, possibilitando o retorno dessas pessoas às suas cidades de origem”.

Alessandra enfatiza que a Secretaria concentra suas ações na abordagem social e no acompanhamento contínuo dos moradores em situação de rua. Esses cidadãos, respaldados pelo direito constitucional de ir e vir, possuem a liberdade de optar pelo acolhimento em uma das instituições conveniadas com o município.

“A Secretaria está plenamente ciente dessa situação e tem envidado esforços constantes para atender às necessidades dessas pessoas desfavorecidas, oferecendo orientação e todo o suporte disponível conforme previsto na legislação vigente. É importante destacar que tais ações são conduzidas de maneira a respeitar e proteger os direitos de toda a sociedade, sem ocasionar qualquer prejuízo ou ofensa. Em caso de brigas, furtos, porte de armas, a Polícia Militar deve ser acionada, sendo ou não a pessoa, morador em situação de rua”, posicionou.