Dário Darson, ‘o homem do braço de ouro’, morre em Itaúna aos 81 anos

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A morte de Divino Sebastião de Jesus, aos 81 anos, o Dário Darson, músico que num passado remoto ficou conhecido como “O Homem do Braço de Ouro”, aconteceu ontem em Itaúna. Ele tocou com gente famosa, como o rei Roberto Carlos e fez shows em turnês internacionais e por várias cidades do Brasil.

Há muitos anos morava com a família, numa casa simples na Rua São Vicente e há alguns dias sofreu um AVC, repetido outras vezes. A história de Dário Darson, infelizmente, é conhecida de poucos itaunenses, principalmente sua arte e história de superação.

Em setembro de 2022, o Jornal S’PASSO publicou um pouco da vida do Dário Darson, numa crônica na coluna “Que história é essa?”, do jornalista Sílvio Bernardes.

“Este que me fala de coisas banais, e por vezes sem graça, é o Divino Sebastião de Jesus ou, talvez, o Dário Darson, que outrora brilhou nos palcos do Brasil e do mundo – no Japão, por exemplo, fora aplaudido com grande euforia. Era chamado de “O Homem do Braço de Ouro”, porque tocava guitarra, com maestria, usando apenas u’a mão.

Divino perdeu o braço direito num acidente de caminhão em Itaúna quando era jovem, em 1958. De família de artistas populares e com grande facilidade para a música, não quis parar de tocar por causa deste “problema”. Continuou insistindo com o violão e, depois, com a guitarra, e por mais de dois anos treinou o instrumento adaptado para suas novas condições físicas. O homem que toca guitarra com apenas um braço foi, no início da carreira, objeto de curiosidade de uma plateia acanhada. Depois, conquistou seus parceiros e públicos em várias partes do país – e também no exterior –  e imprimiu um estilo único em sua arte.

Tocou em festivais, na televisão, em boates, em circos, em teatros e, até, em feiras e quermesses humildes. Integrou por algum tempo a banda do rei Roberto Carlos, de quem se tornou amigo, e por causa disso conheceu e conviveu com inúmeros artistas da época, como Ronnie Von que, aliás foi quem o batizou de Dário Darson, Erasmo Carlos, Jerry Adrianni, Carlos Imperial, Martinha, Wanderléia, Paulo Sérgio, entre outros.

Depois de um tempo longe de casa e da família voltou a Itaúna e aos poucos percebia que novamente fincara raízes nessa cidade. Não saiu mais da terrinha. Aqui casou-se, teve filhos e guardou suas lembranças de (talvez) tempos mais bem vividos”, escreveu o jornalista.