No dia 6 de setembro, sexta, o Grupo de Teatro Armatrux apresenta o espetáculo “Nhoque” – seu mais recente musical de atores e bonecos -, a partir das 20h, na Praça Celi (ao lado da pista de Skate), em Itaúna (MG), com acesso gratuito. Estão previstas ainda uma oficina de teatro e intervenções artísticas para alunos da rede pública estadual da cidade. Em outubro, o grupo ministra também a oficina de Gestão e Produção Cultural, com a atriz e gestora Tina Dias. Este projeto tem patrocínio da Herculano, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal – união e reconstrução.
Espetáculo Nhoque
Na nova montagem, um grande musical no estilo Armatrux e seu teatro de imagens. Em cena, atores, uma banda de bonecos, projeções, dança e muita música. No repertório, assinado por pelos músicos da banda Pato Fu, John Ulhoa e Richard Neves, clássicos de Tim Maia, Vander Lee, Sidney Magal e Evaldo Braga, e ainda, composições exclusivas. A direção geral é de Paula Manata.
A encenação do musical chama a atenção pela versatilidade de linguagens e primor técnico, que, para a atriz Tina Dias, é resultado de muito trabalho em grupo: “Nhoque é bem contemporâneo e representa a construção de linguagem desses mais de 30 anos do Armatrux. O público se depara com a dança, o teatro físico, a música, a manipulação de objetos e de bonecos, linguagens que fomos experimentando em nossos espetáculos e aprimorando ao longo do tempo, e que, neste trabalho, aparecem em cena com a mesma importância”, afirma.
Durante o show-espetáculo, o público vai se emocionar com sucessos que marcaram os anos 70 e 80, entre eles, “Escrito nas estrelas”, “Meu sangue ferve por você”, “Sossego”, “Sorria, sorria”, e ainda, músicas autorais compostas especialmente para a montagem. A canção-tema intitulada Nhoque – de autoria do guitarrista John Ulhoa – propõe uma brincadeira sobre a vida e o ofício dos músicos. “Nhoque é uma sátira ao rock mais clichê, é feita em cima do riff mais básico de guitarra que alguém pode aprender. É perfeita pro Jão de Jones (boneco), o momento perfeito pra ele brilhar. Ao mesmo tempo, acho que transmite para crianças uma espécie de fundamento do rock, esse estilo que na verdade já é vovô”, conta John Ulhoa. Paula Manata acrescenta que “Nhoque também nos remete a coisa boa, gostosa de comer, de fácil digestão, assim como esse espetáculo e suas canções”, diz.
Conhecido também em todo Brasil por sua banda de bonecos, Armatrux retoma a linguagem no novo trabalho, só que com outros contornos. “Quem manipula os bonecos são os atores, mas criamos a ilusão para o público, numa grande brincadeira, em que ora o boneco é o ator, ora o ator é o boneco”, diz Tina Dias. A atriz divide cena com Rogério Araújo, Cristiano Araújo, Raquel Pedras, Diony Moreira, Y.umi e Pablo Xavier que manipulam, dançam e se divertem lançando seus corpos no espaço, em movimentos livres e coreografados.
A banda de bonecos é formada por DJ Montana (DJ, tecladista e vocal), Tenório Jackson (vocalista), Mafalda Jackson (vocalista), Jão D’Jones (guitarra e vocal), Noel (baixo e vocal) e Cabeça e mentalidade (cantores convidados), alguns deles interpretados nas vozes de Maurício Tizumba e Júlia Tizumba. “O boneco somos nós. É também um pedaço de espuma, é um pedaço de madeira; são objetos manipuláveis. O boneco é um grande ator, aquele que se permite ser manipulado, aquele que nos possibilita a criação, a criatividade, a ilusão”, acrescenta Paula Manata.
Os bonecos foram criados pelo designer e desenhista Conrado Almada e confeccionados pelo bonequeiro Dudu Félix (Pigmaleão). A direção de arte de “Nhoque” é de Paula Manata, Rogério Araújo e Cristiano Araújo. Cristiano também assina o desenho de luz. A concepção do cenário é de autoria de Camila Buzelin, os figurinos de Rimenna Procópio e coreografias de Eliatrice Gischewski. A criação de trilha sonora está à cargo de John Ulhoa e Richard Neves e a direção geral do musical é da atriz e fundadora da companhia Paula Manata.
Grupo Armatrux
Formado em 1991, o Grupo Armatrux, vem ao longo desse caminho investindo em pesquisa teatral. Formado pelos atores Paula Manata, Tina Dias, Raquel Pedras, Cristiano Araújo e Rogério Araújo, sempre buscou a inovação em seus espetáculos e, ao longo dos anos, trouxe diferentes possibilidades para a cena, a cada montagem. O teatro físico, a música, o circo, o objeto, a dança e o boneco sempre fizeram parte da sua investigação cênica, resultando, assim, na criação de uma dramaturgia poética e imagética, bem original.
São 22 espetáculos, além de 3 curtas metragens e 1 exposição interativa. O Armatrux já se apresentou em vários países, em todos as regiões brasileiras e em mais de 60 cidades do interior de Minas Gerais, totalizando um público de mais 600 mil pessoas em suas apresentações e oficinas, voltadas para o público adulto e infantil.