MPMG e Polícia Civil deflagram operação “Reação em Cadeia” em Lagoa da Prata

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil de Minas (PCMG) deflagraram, na manhã desta terça feira, 10 de setembro, a operação “Reação em Cadeia”, com o objetivo de cumprir, simultaneamente, mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão nos municípios de Lagoa da Prata, Formiga, Belo Horizonte e Francisco Sá.  A operação é a parte ostensiva de uma investigação complexa, iniciada em janeiro deste ano e que envolveu inquéritos policiais e procedimentos no âmbito do Ministério Público. Por meio dela, foi possível identificar todos os integrantes de uma organização criminosa responsável por, pelo menos, três roubos mediante restrição de liberdade das vítimas, ocorridos em Lagoa da Prata nos dias 25 de janeiro, 22 de fevereiro e 13 de março. 

Foi apurado que os crimes eram arquitetados e coordenados por presos da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá. 

Durante os roubos, os executores, associados em Lagoa da Prata, seguiam orientações em tempo real de indivíduos condenados a centenas de anos de prisão, que estabeleciam o modo de execução e indicavam as contas bancárias destinatárias dos valores subtraídos.  

As vítimas eram atraídas ao local da emboscada em Lagoa da Prata mediante prévias negociações falsas de vendas de bens valiosos, como máquinas pesadas, aviões e carretas, realizadas diretamente pelos presos, que se faziam passar por empresários. 

Segundo o promotor de Justiça Pedro Henrique Pereira Correa, a ação dos criminosos gerou uma reação em cadeia dos órgãos de segurança. Enquanto a Polícia Militar realizou prisões em flagrante, a Polícia Civil procedeu a uma extensa e fundamentada investigação e o Ministério Público, através da 1ª Promotoria de Justiça de Lagoa da Prata, com auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Divinópolis, obteve elementos de informação imprescindíveis à identificação de todo o grupo criminoso. 

Durante a operação, foram apreendidos arma de fogo e munições possivelmente utilizadas nos delitos, aparelhos celulares (incluindo o aparelho celular utilizado pelos presos em Francisco Sá) e parte dos bens subtraídos das vítimas. 

Além das prisões e dos mandados de busca e apreensão, outras medidas cautelares também foram impostas pelo Poder Judiciário.