Silêncio

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Pedro Nilo

um pode dizer: “te tenho”,

mas como dizia minha vó,

a gente vive enganado;

e quando tudo si-cala,

nem mais um zumbido te ouve,

o coração vai crescendo,

o peito entorta,

a garganta estreita:

um espelho, único, reflete a solidão

de alguém que olha e não se vê

de quem não sabe nem

quem é

nem

o que fazer.

Entretanto, entretanto…

há semana por aí,

barulhenta.

Pois bem, pois bem…

Digo “sim”

(o que mais eu diria?).