“Calor intenso, muito estresse e sucateamento do transporte”. Com essa frase Silvana Honório da Silva, avó de uma criança com deficiência, descreveu o cotidiano enfrentado por familiares e alunos da APAE, que dependem do transporte diariamente.
Segundo Silvana, o transporte terceirizado, pago pela Prefeitura, apresenta sérios problemas, colocando em risco o bem-estar dos alunos, uma vez que o ônibus utilizado para o transporte dos estudantes está sucateado e as janelas do veículo não abrem.
“A gente pede aos motoristas para abrir a janela e o teto, pois as crianças ficam nervosas com o calor. Inclusive, semana passada, um dos usuários teve uma convulsão dentro do ônibus”, contou.
A cidadã explicou ainda que a justificativa do motorista para não abrir as janelas é o risco de as crianças colocarem a cabeça para fora do veículo, o que poderia gerar acidentes. “Verifiquem para nós o que está ocorrendo, porque a culpa não é da APAE, e sim dos terceirizados”, afirmou Silvana, apelando por uma fiscalização mais rigorosa da Câmara.
O vereador Israel Lúcio destacou os riscos de acidentes envolvendo crianças que colocam os membros para fora dos veículos e mencionou que este pode ser o motivo da proibição de abrir as janelas. O parlamentar prometeu realizar uma vistoria no ônibus utilizado e se comprometeu a conversar com os pais de alunos para avaliar melhor a situação.
A denúncia de Silvana levantou questionamentos sobre a segurança e as condições dos veículos de transporte escolar terceirizados, especialmente quando se trata de crianças com necessidades especiais. A prefeitura ainda não se manifestou sobre a reclamação.
