Uma iniciativa que envolve promotores de Justiça e outras entidades está buscando incluir o tema do envelhecimento nas aulas de todos os níveis de ensino no Brasil, desde a escola até a faculdade. O objetivo é fazer com que o Estatuto da Pessoa Idosa seja cumprido, implementando uma educação que prepare a sociedade para a realidade de um país com cada vez mais pessoas com 60 anos ou mais.
A ideia é acabar com o preconceito contra os idosos, preparar futuros profissionais para lidar com essa faixa etária e gerar mais conhecimento sobre o processo de envelhecer.
Para a promotora de Justiça Erika Matozinhos, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), essa proposta é muito importante e se alinha com o trabalho do MPMG de defender os direitos dos idosos e construir uma sociedade mais justa e solidária. “Ensinar sobre o envelhecimento nas escolas e faculdades é fundamental para formar profissionais que entendam e saibam como atender às necessidades de uma população que está envelhecendo. Assinar essa petição é defender a dignidade dos idosos e fortalecer seus direitos”, afirma a promotora.
As entidades que lideram a iniciativa explicam que o Brasil está envelhecendo rapidamente, o que traz novos desafios. Com a expectativa de vida aumentando, é preciso que os profissionais sejam formados para atender às necessidades específicas dos idosos, como adaptações em casas e cidades para facilitar o acesso, mudanças nas famílias e no trabalho, pressão sobre a aposentadoria e mais demanda por serviços de saúde.
Eles também destacam que ensinar sobre o envelhecimento ajuda a garantir que os idosos tenham uma vida saudável e digna, além de combater o preconceito por idade.
Por isso, eles pedem que o Ministério da Educação crie e coloque em prática diretrizes para que o tema do envelhecimento seja ensinado em todos os cursos, inclusive nas faculdades, e que isso seja levado em conta na avaliação das instituições de ensino superior.