Avenida “Manoel da Custódia pode virar cartão postal da região oeste de Itaúna”

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A avenida que liga o centro à região Oeste teve canteiro central revitalizado, mas moradores e comerciantes afirmam que atos de vandalismo são constantes A avenida Manoel da Custódia liga a região central da cidade a diversos bairros de Itaúna e, durante muito tempo, teve como referência a Policlínica Dr. Ovídio. A via que já havia mudado muito nos últimos tempos, está completamente diferente desde que se transformou em uma avenida comercial, com estabelecimentos de vários segmentos e a cada dia mais movimento. Supermercados, lojas de móveis e automóveis, posto de combustível e muitos outros negócios estão localizados na Manoel da Custódia que, desde o último mês, foi revitalizada para ser, o novo cartão postal da região oeste da cidade. As obras no canteiro central da Avenida terminaram no início deste mês e foram abertos passeios para plantio de árvores, reparos e pinturas nas estruturas de meios-fios, além do fechamento de vãos entre os canteiros centrais, o plantio de 58 ipês, 17 palmeiras e grama em um quilômetro e meio da via.

Corredor

A Manoel da Custódia tem dois quilômetros de extensão e já está entre os principais e mais importantes corredores da cidade. A via corta os bairros Piedade, Vila Nazaré, Novo Horizonte e São Geraldo, além de dar acesso aos bairros Morada Nova, Santa Edwiges, Aeroporto, Garcias e entre outros. De acordo com o Conselho Municipal e Defesa e Conservação do Meio Ambiente, Codema, as intervenções foram realizadas pela iniciativa privada através da compensação ambiental, os seja, do investimento das empresas para que retornem e minimizem os impactos que geram através das atividades que desempenham. As obras custaram cerca de R$70 mil.

Apesar do investimento e da expectativa de que em breve o canteiro esteja florido para figurar de fato como um cartão postal, o que tem preocupado grande parte dos vizinhos da Manoel da Custódia são as constantes depredações e atos de vandalismo. Logo no início das intervenções, três mudas de palmeiras amanheceram jogadas ao lado do canteiro e vídeos retratando a revolta da população viralizaram nas redes sociais. Porém, segundo o setor de meio ambiente, a destruição foi causada por um acidente em que um veículo desgovernado, subiu em cima do canteiro. A versão não foi confirmada pelos comerciantes que insistem na tese de vandalismo.

Esta semana, com o fim das obras, nossa reportagem conversou também com moradores que estão na expectativa de ver o canteiro que divide a avenida florido. Geralda Martins dos Santos, 69, mora na avenida há 50 anos e diz ser a primeira vez que vê uma intervenção assim no bairro. “Fico muito feliz quando vejo essas iniciativas, pois meu sonho era ter um ipê aqui na porta de casa. Tenho certeza que, quando as mudas crescerem, aqui vai ficar maravilhoso. Eu sempre águo e, quando eu vejo alguém tentando depredar, chamo a atenção. É uma coisa triste de admitir, mas ações de vândalos, infelizmente, têm sido comuns aqui”.

O comerciante Carlos Tadeu Vieira também compartilhou a opinião da moradora, afirmando que é lamentável que pessoas possam agir contra uma coisa que é de todos. “O povo não está deixando o jardim desenvolver. Na parte mais baixa por exemplo, já arrancaram diversos ipês.

Se as pessoas deixarem as árvores crescerem, com certeza aqui será o novo cartão postal da cidade”, enfatiza. O comerciante Hebert Martins de Oliveira, 43, que nasceu e cresceu nos arredores da avenida, diz que o local ficou muito bonito e destaca que a melhoria na iluminação da avenida também está valorizando toda a extensão da via. “Árvores nunca são demais; temos uma avenida muito grande e movimentada, com um fluxo intenso de pessoas e veículos. Todos se sentem bem com o verde e nossos comércios serão mais valorizados e atrairão mais clientes”, relata.

Compensação ambiental

O sucesso da iniciativa, segundo o coordenador da gerência ambiental, Marcelo Rezende, está sendo decisivo para que a Secretaria de Regulação Urbana, continue apostando em iniciativas de compensação ambiental como uma forma melhorar a qualidade de vida da população. “A gerência ambiental verifica a demanda, o impacto e outras questões regulamentares junto às empresas e as encaminha para o Codema que tem representantes do poder público, do CREA, da OAB e da Universidade de Itaúna. São estes conselheiros que opinam sobre a possibilidade ou não de fazer a parceria. Segundo Marcelo Rezende, outra iniciativa que já está sendo avaliada é a revitalização de uma praça na Avenida Gabriel da Silva Pereira, no Morro do Engenho, pelos investidores do Colégio Recanto do Espírito Santo”, finaliza.

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