Presidente Bolsonaro também é criticado pelos vereadores de Itaúna

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Falta de planejamento para compras de vacinas, intromissão no SUS e negação da ciência foram algumas das colocações dos edis contra o governo federal

Pela primeira vez a Câmara Municipal fez críticas diretas ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), atribuindo-lhe a responsabilidade pelo caos na saúde pública e o descontrole em cuidar da pandemia da Covid-19. Foi na reunião de terça-feira (23) que o presidente da Mesa, vereador Alexandre Campos (DEM), fez as colocações endereçadas ao governo federal. O legislativo analisava a proposição de uma moção de apelo ao prefeito Neider Moreira (PSD) e ao secretário de Saúde Fernando Meira pela compra de vacinas, sem a dependência do governo federal, de autoria do edil Gleison Fernandes (PSD). Campos elogiou o senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) pelas iniciativas nesse tema e também a postura do secretário de Saúde do município e sua equipe, para quem disse que mereciam Moção de Aplausos. Porém, responsabilizou o chefe do executivo federal pela falta de vacinas. Falas desencontradas (e infelizes), falta de iniciativa e de investimentos na ciência, interferência indevida no SUS, além de permitir deliberadamente que seus filhos intrometessem em assuntos da presidência, foram alguns dos reparos feitos pelo vereador Alexandre ao presidente Bolsonaro. Antes, outro vereador, Léo Alves (Podemos), ainda tratando da moção proposta pelo colega Gleison, condenou a falta de planejamento do governo federal para que vacinas fossem adquiridas no auge da pandemia no ano passado e não somente agora depois de quase 300 mil mortos pela Covid. Alves lembrou que, como foi denunciado por vários órgãos de comunicação no país, houve oferta de vacinas para que o governo federal comprasse e este não o fez.

Dinheiro tem, mas o produto está em falta

A Moção de Apelo proposta por Gleison Fernandes foi aprovada por unanimidade. Os vereadores elogiaram muito a iniciativa do colega, mas se disseram preocupados diante do aumento de casos do coronavírus e das mortes registradas no país desde o início da pandemia. A preocupação também se refere à falta de disponibilidade de vacinas para os municípios. Na avaliação de alguns estamos naquela situação do cliente que tem o dinheiro, a necessidade e grande interesse em adquirir o produto, mas as prateleiras estão vazias e não há perspectivas de reposição imediata.  

 

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