Situação é inédita na história da Câmara, antes dela nenhuma outra edil foi parturiente no período do mandato
Na história da Câmara Municipal de Itaúna, que foi instalada em sessão solene no dia 2 de janeiro de 1902, foram poucas as mulheres que ocuparam o cargo da edilidade. Apenas 13 mulheres se elegeram à vereança, pouquíssimas conseguiram repetir o mandato, como Gláucia Santiago (PL) e Márcia Cristina (Patriota). Agora, pela primeira vez na história de quase 120 anos de legislativo, uma vereadora se afasta do mandato para cuidar do seu recém-nascido. Edênia Alcântara (PDT) inaugura um novo tempo na Câmara Municipal. Antes dela as outras mulheres não foram mães enquanto vereadoras.
A maternidade exercida pela terceira vez, agora do garoto Jodênio Ulisses (a junção dos nomes dos pais: João e Edênia, e uma homenagem ao avô Ulisses Lança), a jovem já é mãe do Yuri, de 9 anos e da Júlia, de 7. Atualmente na condição de edil, Edênia irá utilizar de prerrogativa do Regimento Interno da Câmara para se afastar pelos próximos dias. Não sabe ainda se haverá necessidade da lei de licença maternidade, de 120 dias. No legislativo, o presidente da Mesa, vereador Alexandre Campos (DEM) conta que ainda não foi comunicado oficialmente sobre o requerimento de licença e diz acreditar que Edênia irá conseguir conciliar a maternidade recente com a vereança, uma vez que as reuniões estão sendo realizadas de forma virtual. A vereadora contou ao Jornal S’PASSO que pretende sim usar da prerrogativa legal para cuidar do pequeno Jodênio nesse início. Como foi cesariana, irá ficar afastada 28 dias e avaliar se retornará após esse prazo, como é da sua vontade, para não interromper seu mandato.