“Grupos Políticos Reunidos de Itaúna” contesta vereadores sobre lavação de roupa na Câmara

Crítica é endereçada à postura dos parlamentares nas votações de matérias e às reclamação deles sobre as cobranças nas redes sociais. Da Lua e Léo Alves rebatem as acusações

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Com o título “Democracia Sem Povo” o grupo “Políticos Reunidos de Itaúna” escreveu mensagem contestando o pronunciamento dos vereadores Antônio José de Faria Júnior (PL), o Da Lua e Léo Alves (Podemos), na reunião do dia 2 de setembro, contra publicações nas redes sociais acerca de sua postura nas votações de projetos de lei.

O grupo, que é um braço do Movimento Conservadores Cristãos de Itaúna, acusa esses parlamentares de estarem com medo da exposição e afirma que o legislativo tem que servir aos interesses do povo, já que os vereadores são “funcionários que devem prestar contas de seus atos”. 

O texto prossegue com questionamentos aos vereadores: “Por que será que querem esconder seus próprios votos? Por que dão até chilique quando são expostos? Será que é porque, ao invés de representarem a população, estão atendendo interesses particulares?” O grupo da direita assume a autoria da divulgação dos resultados das votações e das decisões do prefeito através das redes sociais, reafirmando que é uma forma de exercerem sua cidadania e eximem os vereadores Kaio Guimarães (PSC) e Gustavo Dornas (Patriota) da responsabilidade da divulgação, conforme reclamação feita pelos vereadores Da Lua e Léo Alves. 

Vereadores Kaio Guimarães (esquerda) e Gustavo Barbosa (direita). Imagem: Reprodução/Instagram

Os dois afirmaram que os colegas Gustavo e Kaio usam redes sociais para expor parlamentares a situações de constrangimento e que estariam “extrapolando os limites do bom senso e do respeito, espalhando inverdades e colocando a população contra alguns vereadores, incitando a violência. 

O recado do grupo foi direto para os dois parlamentares que reclamaram das divulgações na internet. “Parem de culpar colegas de plenário!!!  Não são seus pares que estão expondo suas “divergências ideológicas”; são seus próprios votos e escolhas que expõem suas ideologias e comportamentos”, ressaltam.

As críticas do ‘Grupo Políticos Reunidos de Itaúna’ vão além, quando  denominam de  “cachorrada” as ações da Câmara Municipal, com suas “reuniões com portas fechadas, online, impedindo a participação das pessoas em plenário”. 

Da Lua diz que não vai dar ibope para esse grupo

Ouvido pelo Jornal S’PASSO sobre o assunto, o vereador Da Lua afirmou que não irá polemizar com “esse pessoal da direita, nem com os da esquerda”, mas que as suas críticas em plenário têm endereço certo e os colegas sabem quem são. “Não vou dar ibope para esse grupo, mas a gente sabe quem são os vereadores que vão para as redes sociais para falar das votações em plenário. Fui eleito pelo povo e defendo os interesses do povo, sem medo de me expor e a maneira como voto”, posicionou.

Vereador Da Lua. Imagem: CMI/YouTube

“Meu voto é pensando na maioria das pessoas, sem pressão”, diz Léo Alves

Também à reportagem, Léo Alves disse que não tem medo algum  que o seu voto seja divulgado. No entanto, faz reparos nessas postagens em que a informação é inverídica, “fake news”.  Alves lembra que ele não votou contra o projeto da funerária, mas sim a favor do parecer do procurador-geral da Câmara, contrário à matéria dos vereadores Kaio e Gustavo.   

“Eu sempre fui a favor dos projetos da Funerária, acredito que mais de uma empresa prestando o serviço, irá beneficiar a população.  Se estivesse em plenário meu voto seria a favor do projeto do prefeito, até porque nele fala que pode ter concessão a mais de uma funerária, desde que haja empresas interessadas. Também iria votar a favor das emendas dos vereadores”, contou.

Vereador Léo Alves. Imagem: Reprodução/Redes Sociais

O vereador do Podemos salienta que não tem nada para esconder; “nem rabo preso”, pois foi eleito por amigos e familiares, que têm elogiado seu trabalho. “Meu voto sempre será para beneficiar a população, a maioria das pessoas e não aceito pressão para agradar grupo político. Estou vereador e pensando em fazer um mandato de quatro anos. Depois a população vai avaliar se fiz um bom trabalho ou não, se mereço outra chance ou não”, pontuou.

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