Vereadores batem boca em sessão que debateu projeto de lei do serviço funerário

Gritos, ameaças e acusações entre edis deram um tom inusitado à reunião ordinária dessa semana, que precisou ser suspensa pelo presidente

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Poucos dias depois da aprovação do projeto de lei do executivo que disciplina o serviço funerário em Itaúna e estabelece nova concorrência pública para as atividades, os vereadores tiveram que analisar o veto do prefeito Neider Moreira (PSD) a emendas propostas pelos edis da oposição Gustavo Dornas (Patriota) e Kaio Guimarães (PSC).

Naquela votação do projeto, aprovado por unanimidade há um mês, houve um clima de alegria, com abraços e aplausos entre os parlamentares. Agora, numa reunião ocorrida às 14h de uma quinta-feira (14) após o feriado, diante da ameaça de manutenção do veto do prefeito, os edis protagonizaram um espetáculo diferente e num clima tenso de bate-boca. O presidente Alexandre Campos (DEM) precisou intervir e suspendeu a sessão por alguns minutos, até que os ânimos se acalmassem.

Enquanto tratava do tema, o vereador Antônio de Faria Júnior (PL), o Da Lua, parou de falar e se dirigiu ao colega Kaio Guimarães acusando-o de estar debochando de sua fala. Os dois se desentenderam e colegas tiveram que se levantar a fim de evitar que algo mais acontecesse para além dos gritos e acusações. Da Lua referiu-se ao colega como alguém que não aceita a derrota e, contrariado em suas posições, faz ironias e deboche com viés arrogante e preconceituoso. Da Lua acusou Guimarães de dizer (em voz baixa) que o vereador Léo Alves (PODEMOS), que fazia um pronunciamento sobre o PL, deveria “ir capinar rua”. Posteriormente Alves iria tratar do assunto dizendo que nasceu de família humilde sim, o pai era pedreiro e a mãe, servente escolar, e que capinar rua seria uma atividade que exerceria com honra, com qualquer outra.

Confira o momento do bate-boca nas nossas redes sociais.

Da Lua solicitou, como presidente da Comissão de Ética do legislativo, que Guimarães seja denunciado por falta de decoro parlamentar. Amainado o clima no legislativo, os edis voltaram ao debate do tema e Kaio Guimaraes pediu perdão aos colegas pelos exageros diante de um tema tão importante para a cidade e relevante em sua atuação.

O veto do prefeito às emendas propostas por Gustavo Dornas e Kaio Guimarães, estabelecendo limite mínimo de 1 concessionária do serviço funerário para cada 30.000 habitantes, foi mantido por falta de votos. 7 votos foram contrários, mas a maioria (8 vereadores) preferiu a abstenção. Haverá sim concorrência para nova investidura dessa atividade, em substituição à Jadapax, que atualmente opera no município, porém, somente uma empresa irá atuar, segundo os vereadores da oposição. Vai continuar como está, sem que haja opção de escolha de mais de uma empresa para os que buscarem essa atividade, diferente, por exemplo, de uma autoescola.

“Licita prefeito”

Nas redes sociais os edis Gustavo Dornas e Kaio Guimarães insistem que o prefeito poderá atender o “clamor da população” e abra novas licitações.

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