Alunos da Escola Professora Celuta das Neves participam de palestra sobre o Autismo

Professor José Wilson Peixoto e o filho, William Roussin, que tem TEA, falaram das experiências e da superação vivenciada a cada dia desde o diagnóstico na fase infantil

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No mês de conscientização sobre o Autismo, cuja data é mundialmente celebrada no dia 2 de abril, vários eventos têm sido realizados na cidade, como a roda de conversa, promovida pela Escola do Legislativo, em parceria com a APAE de Itaúna, além de palestras nas instituições de ensino.

Na quarta-feira (10), na Escola Municipal Professora Celuta das Neves, no bairro Santo Antônio, o professor José Wilson Peixoto e o filho, o jovem Willian Roussin, participaram de um evento comemorativo à data, promovido pela professora Gisele Magalhães. William foi aluno do educandário, onde completou o ensino fundamental.

Histórias inspiradoras dos pais José Wilson e Míriam, do filho William, com apoio da irmã Nathália, vêm à tona nas narrativas trazidas pelos dois palestrantes em vários momentos e nas muitas instituições ao longo dos últimos anos.

O jovem Willian Roussin foi diagnosticado com autismo ainda criança e hoje está com 19 anos. A conversa com alunos e professores da Escola Professora Celuta das Neves envolveu o autismo, a inclusão, a superação e as oportunidades de uma vida feliz, repleta de conquistas. A palestra foi feita com explanação e depoimentos ao vivo, vídeos de entrevistas e números musicais do jovem, inclusive em outras línguas para além do português. O professor José Wilson lembrou que mesmo antes do diagnóstico, William apresentava comportamentos compatíveis com o autismo, como dificuldade em olhar nos olhos, interagir, comportar-se, executar tarefas simples, não atender aos chamados, não saber obedecer às regras, entre outros, e, logo após algumas consultas foi dado o diagnóstico oficial. Os demais membros da família notaram algo diferente desde o início. O jovem, ainda criança, começou a ler e escrever sem ser alfabetizado, a se interessar por memorizar números, a cantar em diversos idiomas. A família, então, o matriculou inicialmente na escola APAE. À medida que ele foi se desenvolvendo, foi transferido para outras instituições de ensino, onde, além do aprendizado, também teve oportunidade de se apresentar, cantar e contar sobre suas experiências. Dessa forma, o projeto de levar a mais pessoas a história e o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista surgiu e tem produzido boas conversas.

Para quem não falava até os cinco anos, hoje William é um palestrante que conta sua vida, discorre sobre os inúmeros aprendizados conquistados a cada dia e canta com desenvoltura.