Alunos fazem 980 pontos na redação do ENEM e provam que Itaúna é a “Cidade Educativa do Mundo”

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Minas Gerais liderou o ranking de alunos que tiraram nota mil na redação do Enem 2019, com 13 estudantes conquistando a nota máxima, entre os 53 de todo o país. Itaúna não conseguiu a nota máxima, mas obteve resultados excelentes. Confira alguns estudantes que tiveram um ótimo desempenho na prova.

Simon Rocha tem 18 anos, formou no terceiro ano do Colégio Sant’Ana e não fez cursinho. Simon tirou surpreendentes 980 na redação, além dos 763,4 pontos que tirou na média global. Ele quer cursar Engenharia Química e dedica o sucesso ao apoio da família: “Em especial ao apoio da minha avó, que nunca mediu esforços para buscar o melhor para minha educação”. Para os alunos que farão o Enem 2020, ele indica “esforçar e se dedicar muito, além de buscar informação e aprendizado fora do trivial”.

Giovanna Jannuzzi tem 17 anos, formou-se no SESI e teve uma aula de revisão geral em produção de texto no cursinho. Ela também atingiu a marca de 980 pontos na redação e pretende fazer Fisioterapia. Giovanna diz que teve que escolher entre as tarefas que ama fazer ou dedicar seu tempo aos livros: “Tive que abrir mão de atividades como a dança para intensificar meus estudos”. Minha rotina era pesada: “além das aulas regulares pela manhã, à noite eu revisava conteúdos importantes e aqueles que eu tinha dificuldade”. Ela agradece o apoio dos professores, em particular à professora Flávia, “que sempre foi muito atenciosa e incentivou a minha criatividade e é um dos motivos do meu sucesso”.

Larissa Stéfanie tem 17 anos, foi aluna da Escola Estadual Victor Gonçalves de Souza e fez o cursinho. Ela também esbarrou na nota mil, ficando 20 pontos atrás da conquista máxima. A rotina de estudos de Larissa envolvia todos os turnos do dia: “de manhã eu frequentava a escola, à tarde o Senai e à noite o cursinho me preparando apenas para o Enem”. Ela aponta que o sucesso é devido “a minha força de vontade de conseguir meu curso dos sonhos, Odontologia, e minha fé em Deus”. Larissa dá uma dica aos vestibulandos: “Não desistam, independente dos fatores externos”.

Victor Coelho tem 18 anos e é um exemplo de como persistir vale a pena. Victor, ou “Vitasso” como é chamado pelos amigos, formou-se em 2018, mas não conseguiu uma vaga na Universidade Federal. Em 2019, empenhou-se no cursinho e conseguiu o que não havia conquistado antes: tirou 980 na redação e 775,6 na média geral do ENEN. Possivelmente, a nota será suficiente para ele conquistar a vaga que tanto sonha, no curso de Medicina. Vitasso dedica “ao apoio dos meus pais, meu irmão e o dos meus professores Márcio de Almeida e Vivian”. Ele conta que sua rotina de estudos era com exercícios na parte da manhã, duas redações todo os dias, além das aulas no cursinho.

Além dos estudantes citados, destacaram-se na prova de redação do Enem 2019, vários outros alunos de Itaúna. Entre eles estão: Bianca Fernanda (980, Colégio Sant’Ana), Lavínia Soares (980, SESI), Luísa Nogueira (960, Losango), Denner Leon (960, Sant’Ana) Pedro Foureax (960, Educare), Raphael Nazaré (920, Sant’Ana), Emily Bessa (920, E.E. Geralda Leão) e Nicolle Helena (920, Sant’Ana).

Tema

O tema da redação foi “Democratização do acesso ao cinema no Brasil“, e alguns destes alunos contam as estratégias de argumentação que itilizaram. Giovanna utilizou como citação o célebre filósofo Friedrich Hegel para ratificar a presença do governo para resolver o problema: “o Estado é pai dos povos e tem a obrigação de cuidar de seus filhos”.  Simon conta que seguiu outro caminho e preferiu instigar os benefícios econômicos do acesso ao cinema. Para reiterar seu argumento, utilizou o nome do economista Armatya Sen, ganhador do prêmio Nobel, autor do livro “Desenvolvimento como Liberdade” e sua doutrina de desenvolvimento econômico coletivo. Já Larissa citou Karl Marx, um dos clássicos da Sociologia, para argumentar sobre o direito da população de ter acesso ao cinema e cultura em geral: “Se a classe operária tudo produz, a ela tudo pertence”.

5 COMENTÁRIOS

  1. Com todo respeito: a Manchete não faz jus ao conteúdo. Os alunos listados merecem sim, ser parabenizados. Mas falar que Itaúna é cidade educativa do mundo usando exemplo de alunos de escolas privadas? Ou que são de escola pública mas tiveram que fazer cursinho? Itaúna deveria se orgulhar se os dados apresentados fossem consequência do ensino público, da educação de qualidade advinda das políticas públicas. 76% da população brasileira são das classes C, D e E. Infelizmente, alunos das escolas particulares são a minoria numérica, que têm o privilégio, pelo esforço de seus pais, que não raro se sacrificam para que possam pagar por um ensino de qualidade. Estamos é nos distanciando do título de Cidade Educativa do mundo. Mesmo com todo o compromisso e dedicação do corpo do docente. O buraco é mais em cima…. Dos governantes, especialmente, do governo do Estado de MG que só sucateia e precariza o sistema educacional, desrespeitando e desqualificando os professores….

  2. Embora isso não fundamenta que “somos cidade educativa”, o seremos se todos os alunos tirasse nota acima dos 900 pontos na redação e pontuação mais elevada acima da média brasileira. Agora sem dúvida nenhuma tanto a Rede Particular como a Rede Pública de Ensino de Itaúna estão de parabéns ao prepararem nossos jovens para as avaliações externas. Vamos em frente! Parabéns aos meninos e meninas que foram capazes de capitalizar o aprendizado ofertado pelas unidades escolares. Sucesso a eles!!!

    • Primeiramente, parabéns aos estudantes pelo esforço dedicado e pela conquista. Victor Goncalves sempre foi uma das melhores escolas públicas de Itauna e bom ver que ainda é um espaço que fomenta a preparação de bons estudantes. Sucesso a todos!
      Uma pena o editorial não ter tido o cuidado de colocar a foto de todos!

      Sou Itaunense mas já não moro na cidade. Entretanto, lembro, desde criança, ouvir sobre o pseudo-título de cidade educativa do mundo, referência a um título que a cidade recebeu em 1975 ou 76.
      Pergunto: fundamentado em que a imprensa local e algumas pessoas afirmam a cidade ter este título? Que estudo e indicadores compara Itauna com outros municípios do país e no mundo? Qual a real situação da Educação na cidade?

      Já passou da hora de parar de propagarem esta invencionice e colocar os pés no chão!

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