Iniciativa ‘Humanizando a pena, protegendo a vida’ foi finalista do projeto Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19, do jornal Folha de São Paulo
Chegou ao fim nesta sexta-feira (30), com a escolha do leitor, o concurso Empreendedor Social do Ano em resposta à Covid-19, promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, em parceria com a Fundação Schwab, que tem como um dos finalistas a APAC de Itaúna – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. A entidade local participa com outras APAC’s com a iniciativa Humanizando a Pena, Protegendo a Vida. A iniciativa, divulgada pelo presidente da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados – FBAC e criador da APAC de Itaúna, Valdeci Antônio Ferreira, confeccionou mais de dois milhões de máscaras, que foram doadas a hospitais, asilos e pessoas em situação de rua. O trabalho foi realizado por cerca de 500 detentos em 41 unidades das APAC’s, dentre as quais as duas de Itaúna, masculina e feminina.
Em reportagem de Gabriela Caseff, do jornal Folha de São Paulo, do dia 26 de abril, o itaunense Valdeci Ferreira contou um pouco da história da APAC, de suas inúmeras unidades espalhadas em sete estados e da recuperação de quase 54 mil pessoas, desde 1972. O sistema alternativo de prisão, criado na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, pelo advogado e jornalista Mário Ottoboni e um grupo de cristãos católicos, chegou a Itaúna através da Pastoral Carcerária da Matriz de Sant’Ana. Já há algum tempo a APAC de Itaúna tornou-se referência nacional e internacional como sistema humanizado de prisão.
Sair da bolha
Na reportagem para o jornal, às vésperas do encerramento do concurso, Valdeci afirma que é necessário sair da bolha, não em referência aos muros das unidades prisionais, mas aos obstáculos de um sistema que pouco oferece à recuperação dos detentos. O método APAC registra 15% de reincidência, enquanto que no sistema prisional comum esses números chegam a 80%.
