Área no Morro do Engenho é usada para descarte de entulho e abandono de animais

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Inservíveis são jogados próximo da margem do São João e podem resultar em assoreamento do leito do Rio

Jogar lixo em locais impróprios, além de crime é a principal causa de danos ao meio ambiente, além de enchentes e inundações. É bom relembrar que em 2019, o Rio São João chegou ao limite máximo de vazão e transbordou em algumas áreas, em decorrência do acúmulo de lixo e materiais jogados indiscriminadamente nas margens. Em alguns pontos, o leito foi obstruído pelo lixo e entulho. Apesar de o processo de limpeza ser frequente, vários pontos do curso d´água estão tomados de toda espécie de material inservível e a conservação não encontra apoio de alguns moradores. Nos últimos dias, a historiadora Carla Corradi, que mora na Avenida São João, na altura do Morro do Engenho, denunciou que além das pessoas estarem jogando lixo no leito do rio, estão também abandonando animais. Em fotos publicadas nas redes sociais, Carla mostra a grande quantidade de entulho, lixo e materiais nas margens do São João. “Tem moradores da região e pessoas de outros bairros, que vem com carro cheio de restos de construção, eletrodomésticos e móveis velhos e despejam aqui. A Prefeitura limpa, mas a área está sempre suja, porque as pessoas não colaboram”, afirma. Carla relata ainda que o local se transformou em um ponto de abandono de animais. “Toda semana aparece um animalzinho diferente, que geralmente é abandonado na porta do condomínio onde moro. Isso é lamentável”, conta indignada.

Segundo o gerente superior de Meio Ambiente, Marcelo Nogueira, algumas pessoas têm este tipo de atitude e prejudicam toda a população da cidade, principalmente aquela que mora nas imediações do Rio e pode ser atingida pelas enchentes e inundações. “Infelizmente grande parte dos problemas de destinação inadequada de lixo em Itaúna, não é culpa do município e sim da falta de educação do cidadão”, destacou. Marcelo salienta que o descarte irregular de entulho, podas e inservíveis vem ocorrendo em diversos locais, principalmente após a decisão do Ministério Público do Meio Ambiente de que o gerador dos entulhos é responsável pela destinação do mesmo. “Após a desativação do aterro controlado no Parque Jardim, as denúncias são frequentes e já fazem parte do nosso dia a dia. Normalmente, a maioria aponta que o Morro do Engenho, Pio XII, Nogueira Machado e João Paulo II são os bairros com maior incidência de descarte irregular”, finaliza.

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