As escolas no combate à Dengue

Alto índice da doença em Itaúna faz com que Secretaria de Saúde acione instituições escolares para acabar com o mosquito Aedes-aegypti

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Uma reunião de dirigentes das escolas da rede municipal, na tarde de quinta-feira (23), abordou o alto risco de infestação do mosquito Aedes-aegypti, transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela em Itaúna. O evento faz parte de um plano de ação da Secretaria Municipal de Saúde para intensificar o combate aos focos da doença e diminuir os índices de contaminação. Em fevereiro, a SMS divulgou o resultado do primeiro LIRAa, Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, de 2023, que apontou alto risco de infestação do mosquito na maioria dos bairros da cidade. Os registros da Secretaria de Saúde naquele momento eram de 12,7%, ou seja, alarmantes já que acima de 4,0% é considerado alto risco de epidemia, segundo o Ministério da Saúde.

Os professores da rede municipal foram orientados a trabalharem em sala de aula com seus alunos para que cheguem aos pais e responsáveis as informações sobre a doença, sua gravidade e os cuidados para se evitarem os focos.

Inúmeros casos positivos num período em que se deveria diminuir

O secretário de Saúde Fernando Meira de Faria confirmou que nos últimos dias houve elevação de casos positivos e de notificações da Dengue em Itaúna, contrariando o período mais propício para a doença que são os meses de dezembro e janeiro. “E a gente vê que há um aumento de casos não somente em Itaúna, mas em várias cidades da região, com atendimentos nas unidades de saúde e no pronto socorro. Estamos fazendo ações de bloqueio de transmissão junto com às equipes de agentes comunitários e de combate a endemias. Realmente é preocupante, principalmente por causa do período, quando deveria haver diminuição da doença. Isso demanda uma atenção especial de todos os moradores, já que 90% dos focos foram encontrados dentro de casas”, salientou.

O cuidado começa em casa

O mosquito Aedes-aegypti tem aparecido, na maior parte dos casos, nos recipientes domésticos, de fácil remoção ou limpeza, como plantas aquáticas, vasos de plantas, baldes, reservatórios de geladeiras, baldes, piscinas, garrafas, latas, lonas, bombonas, dentre outros. Por isso, as ações nas casas vão fazer a diferença para acabar com os focos.