Mães de alunos que utilizam o transporte escolar da Prefeitura estão indignadas com episódio que aconteceu no início dessa semana em que houve atraso do serviço e as crianças tiveram que esperar por “longo período na escola”, sentindo frio, fome e medo, sem qualquer aviso prévio do responsável pela condução.
O relato é de uma mãe da comunidade rural do Mamonal, que encaminhou a reclamação à reportagem e, também, ao vereador Aristides Ribeiro (PSC), o Tidinho. Há também queixa de professores que tiveram que ficar esperando na escola até que o serviço de transporte fosse restabelecido.
“Não é a primeira vez que isso acontece. As crianças de 4 a 12 anos foram abandonadas na escola, no Núcleo Infantil Neuza Roza Tupinambás, no bairro Irmãos Auler; e nas escolas estaduais Victor Gonçalves e Santana, no Padre Eustáquio; e Manoel da Costa Resende, na Várzea da Olaria. Sim, isso mesmo, mais uma vez abandonadas. Porque as crianças são da zona rural e a Prefeitura não mandou ninguém buscá-las e nem comunicou aos pais. Era mais de 18 horas quando as responsáveis pelas escolas ligaram para os pais. Graças a Deus as professoras e responsáveis das escolas cuidaram e algumas até com veículos próprios levaram as crianças em casa. A motorista não é culpada. Presenciei ela aflita no telefone tentando resolver. Quando penso na aflição das crianças vendo todas as outras indo embora, o tempo passando, escurecendo, isso sem falar no frio da noite, fico com o coração despedaçado”, relata a mãe, moradora do Mamonal.
Atraso de veículos e superlotação
O vereador Tidinho afirmou à reportagem que as denúncias vão além do atraso do transporte, mas também, pela superlotação de alguns veículos em dias normais. Entretanto, o gerente de transporte escolar Rogério Dantas afirmou que o problema já foi solucionado.
Não há informação de que alunos perderam aula
O secretário municipal de Educação, Weslei Lopes respondeu à reportagem que tão logo soube das conversas sobre o assunto buscou as informações detalhadas da situação com o responsável pelo serviço, Rogério Dantas. “De fato, na segunda-feira, dia 10 de julho, houve um problema com um dos veículos da SEMED que, infelizmente, ocasionou atraso de aproximadamente 15 minutos no retorno dos estudantes ao término da aula. Um transporte alternativo foi imediatamente acionado pela SEMED e a situação foi prontamente resolvida. A Gerência de Transporte Escolar segue acompanhando atentamente a rota”, esclareceu.
Sobre as demais informações de atrasos constantes, que, inclusive, teriam resultado no não comparecimento de alunos às escolas, o secretário afirmou que até então desconhece o fato. “Mas seguimos à disposição para acolher quaisquer demandas e melhorarmos os nossos processos. Basta os pais dos estudantes que têm direito ao transporte nos procurarem para que compreendamos o teor de suas manifestações e, de pronto, possamos solucioná-las”, pontuou.
