Nesta semana, moradores do bairro Sion instalaram uma faixa em protesto contra a atuação de empresas transportadoras dentro da comunidade. Com os dizeres “O Sion não vai engolir galpões irregulares, nem saídas clandestinas!”, o ato chama atenção para o aumento do fluxo de carretas pesadas que circulam nas ruas do bairro e para a existência de uma suposta saída irregular pela BR-431.
Segundo os moradores, uma transportadora de minério instalou garagens no local, com diversas carretas trafegando pelas vias residenciais, o que vem causando danos à infraestrutura urbana. A presença dessas empresas, alegam, compromete a segurança e a qualidade de vida da população local.
Após a instalação da faixa, os moradores acionaram o vereador Lacimar, o “Três”, para interceder junto ao Poder Executivo. Durante a reunião da Câmara nesta semana, o parlamentar mencionou brevemente a situação em plenário, mas sem detalhar o problema.
Procurado pelo Jornal S’Passo, Lacimar explicou que o bairro Sion, com cerca de 10 a 15 anos de existência, abriga atualmente pelo menos três garagens de carretas que transportam minério. Segundo ele, os terrenos foram concedidos legalmente, o que dificulta qualquer remoção das empresas do local.
“Essas carretas estão danificando o asfalto, e os moradores não querem mais essas empresas ali. A concessão já foi feita, e agora eles estão cobrando do poder público. Estão incomodados com a situação e reivindicam a regularização dessas empresas. Mas vejo como quase impossível”, afirmou o vereador.
O parlamentar ressaltou que a abertura de ruas com ligação à BR-431 é de responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagem, e que até o momento apenas um morador o procurou diretamente para tratar do tema.
Lacimar também demonstrou preocupação com a possibilidade de o bairro Sion enfrentar o mesmo cenário do João Paulo II, onde o tráfego intenso de caminhões e betoneiras causou a degradação completa do asfalto. O bairro, segundo ele, está há oito anos com infraestrutura precária e problemas estruturais nas ruas e nas residências.
Como resposta à demanda, o vereador revelou que está estudando, junto à equipe de seu gabinete e ao setor jurídico da Câmara, a elaboração de um projeto de lei que proíba a instalação de empreendimentos de grande impacto em áreas residenciais ou mistas da cidade.