A banda carioca Biquini Cavadão está confirmada na primeira edição do Festival de Inverno de Itaúna, que acontece entre os dias 30 de junho a 10 de julho, numa promoção da Secretaria de Cultura e Turismo. Até o fechamento dessa edição a Secretaria não havia disponibilizado a programação do evento, que contará também com a participação da banda mineira Tianastácia.
O Jornal S’PASSO conversou com o vocalista da banda carioca, Bruno Gouveia que contou que o Biquini Cavadão nasceu em 1985 com Bruno Gouveia, André Sheik, Miguel Flores e Álvaro Birita, para fazer naqueles tempos de rock e experimentações que deram certo na MPB, uma música agradável para todas as idades e se instalar definitivamente na segunda geração de bandas dos anos de 1980. Hoje, o grupo é formado por Bruno, Miguel, Álvaro e Carlos Coelho e as performances passeiam pelo rock, pop rock, MPB, pós-punk, new wave e reggae.
Bruno Gouveia diz que toda a banda está muito contente em retornar a Itaúna, que sempre os recebeu com muito carinho. Também, que há uma grande expectativa para que esse festival chegue logo para que eles possam subir ao palco em mais um evento da turnê que estão fazendo com o disco “Através dos Tempos”.
A produção do trabalho foi feita durante a pandemia, quando aproveitaram o “tempo livre”. “São músicas novas, muito interessantes. Agora é fazer esse show em Itaúna e mostrar um pouco de tudo isso, estamos correndo o Brasil inteiro”, conta.
As dificuldades na pandemia
Foram mais de dois anos que a produção musical teve que aguardar para chegar ao público. “Foram tempos de muita reflexão, uma certa ansiedade porque estávamos privados de fazer aquilo que a gente ama, que é a música. Mas, a gente sabe que foi por um bom motivo, pela saúde nossa e das pessoas, a fim de evitar a disseminação de uma doença que se transmite com facilidade. Agora, estamos na época certa de voltar e fazer nossos shows por aí”, pontua.
Que tempos são esses de completa desmoralização?
O vocalista da banda Biquini Cavadão diz que estamos vivendo um tempo “muito maluco” porque nos últimos anos todo o pensamento passou a ser desmoralizado. A ciência foi desmoralizada, a classe artística foi desmoralizada, o jornalismo foi muito desmoralizado. A única forma de pensamento foi a disseminação de notícias através do WhatsApp, das fake news, quando a medicina foi muito desmoralizada. “É muito duro isso tudo e ter que lidar com essa situação. Mas, acredito que a gente ainda tem chance de mudar essa forma de se pensar e a cultura vai se encaixar novamente com todas as suas vertentes”, considera.
O que os itaunenses vão curtir da banda?
No show em Itaúna, além de algumas músicas novas, como ”Nada é para sempre” e “Sorria com seu rosto inteiro”, a banda Biquini Cavadão vai fazer uma revisão geral dos 37 anos de carreira. “O público vai poder conferir nossa primeira música, que foi “Tédio”, passando por “Vento ventania”, “Roda gigante”, “Janaina”, “Vou te levar comigo”, “Quando te encontrar”, tantas canções. Diz para o pessoal cantar com a gente. Estamos ansiosos para chegar esse festival”, avisou.
