Caçambas de entulhos e destinação de restos de material de construção é um problema ainda sem solução em Itaúna

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Na Câmara Municipal, o secretário de Regulação Urbana, Thiago Moreira Araújo Nogueira, e membros da equipe da pasta, como o diretor da Gerência de Meio Ambiente, Marcelo Nogueira, atenderam convocação dos vereadores para falarem sobre o excesso de caçambas de entulho e de descartes irregulares feitos nas ruas de todos os bairros, como também no centro de Itaúna.

A queixa dos vereadores e, segundo eles, da população em geral, é que as caçambas estão repletas, sem lugar para descartar o material inservível. Os vereadores alegam que os proprietários dos equipamentos não têm como resolver o problema, já que não existe um ponto de descarte implementado pela da Gerência de Meio Ambiente ou pelo SAAE.

Já a prefeitura insiste que a responsabilidade pelo ponto de descarte é dos empresários e que o poder público apenas aprovaria o funcionamento do local. Outra reclamação trazida para o debate na Câmara é que o preço de contratação das caçambas, cerca de R$ 550,00, está muito acima do praticado em outras cidades, o que inviabiliza o setor da construção civil. Sobre valores praticados pelos caçambeiros, os técnicos da Prefeitura não opinaram, salientando que responsáveis pelo serviço é que estabelecem os valores, assim como também devem se responsabilizar pela destinação dos resíduos.

E para engrossar a lista dos problemas que o tema fez surgir na reunião da Câmara, houve debate sobre o acúmulo de lixo e outros materiais inservíveis em caçambas, que estão espalhadas nas ruas e margens de córregos, transformando estes locais em pontos de proliferação de doenças, como a Dengue.

O secretário e o gerente superior de Meio Ambiente, Marcelo Nogueira, reafirmaram que o serviço está sendo prejudicado na cidade porque não há entendimento entre os profissionais das empresas particulares, que geram os materiais descartados, principalmente acerca de um local específico para o descarte do material. 

Segundo eles, é necessário que haja intervenção do Ministério Público e da Polícia Ambiental, o que já está acontecendo, pois os próprios caçambeiros estão tentando resolver na justiça o problema, solucionando a questão do descarte de restos de material de construção na cidade a fim de atender os profissionais da construção civil que os contratam. Por insistência dos vereadores da oposição, o gerente de Meio Ambiente prometeu que poderá encontrar com os empresários de caçambas e novamente buscar uma solução, intermediando uma conversa também com setores da Polícia Ambiental e do Ministério Público.

 A Prefeitura e SAAE cuidam do lixo gerado

A responsável pela gerência de Resíduos Sólidos do SAAE, Marina Parreiras, salientou que o lixo produzido pela Prefeitura e pelo próprio SAAE, mais o material recolhido nos depósitos irregulares – como no bairro Godofredo Gonçalves e próximo do Campo do Flamengo, na Piedade, são levados para o aterro sanitário e separado pelos profissionais da Coopert – Cooperativa e Reciclagem e Trabalho.

“Não caminhamos para lugar algum”

Apesar da presença dos técnicos da prefeitura no plenário, os vereadores reclamaram que não foi apresentada solução para as caçambas entulhadas nas ruas e a falta de um lugar para despejar o material. A cidade está suja e o mosquito da Dengue está aproveitando disso. “Ficamos aqui esse tempo todo sem caminhar para lugar algum”, reclamou um vereador. Outro afirmou que, apesar da boa vontade do secretário e dos assessores, nada foi solucionado, nenhuma iniciativa plausível para resolver o problema.