CAGED aponta que Itaúna fechou agosto com saldo positivo de 281 empregos

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Presidente do Sindimei destaca que indústria está reagindo, mas que ainda não há como prever o cenário pós pandemia

Segundo o IBGE, a taxa de desocupação em Minas Gerais no mês de agosto era de 12,3%, o que significa 1,26 milhão de pessoas desempregadas no estado, ou seja, o maior índice registrado durante a pandemia do novo coronavírus. Na contramão do estado, o último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged –aponta que Itaúna fechou o mês de agosto com saldo positivo na geração de emprego.

No período, houve 986 admissões e 705 desligamentos, um saldo de 281 empregos gerados. O maior índice de admissões foi nos setores de indústria (362) seguida pela construção (265). No mesmo período do ano passado a cidade ficou no vermelho, com 1.059 admissões e 1.140 demissões, resultando em menos 81 postos de emprego.

Segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna- SINDIMEI, Cristiano de Faria Soares, o mercado tem mostrado a reação de grande parte das indústrias, após o período mais crítico de pandemia. “O setor industrial vem se recuperando, e para os que trabalham com exportação, já é possível notar um cenário mais favorável devido à desvalorização do real. Essa didática é para todos os ramos e está na maioria dos setores industriais”, destaca.

Mesmo com a recuperação, Cristiano que é proprietário de uma empresa de metalurgia, destaca algumas dificuldades do setor como o aumento do preço das matérias primas, devido à valorização do dólar e a escassez de alguns produtos no mercado brasileiro. “Mesmo com a alta no preço dessas matérias primas, ainda é possível influenciar positivamente a geração de emprego, porque o giro é alto no setor industrial e, se está havendo procura de matéria prima, é porque as empresas estão em pleno funcionamento”.

Sobre as expectativas para os próximos meses, ele salienta que algumas empresas ainda estão inertes à retomada da produção, devido a pandemia. “Ainda é complicado prever um cenário para os próximos meses, pois temos muitos fatores que podem influenciar o mercado brasileiro, como as eleições americanas, o pacote de reformas do Governo Federal e o temor de uma segunda onda da Covid-19. Mesmo assim, esperamos que o mercado se recupere gradativamente de agora em diante”, finaliza.

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