Depois de algumas sessões polêmicas, com debates e, até, xingamentos, a Câmara Municipal promoveu uma reunião de muita harmonia, destinada a aprovar, aos montes, inúmeros projetos de lei de concessão de cidadania honorária, moções de aplausos e votos de congratulações. Somente títulos de cidadão honorário foram 20. Enfim, a Câmara de Itaúna volta ao seu normal.
As proposições de reconhecimento pessoal resultaram em emocionados pronunciamentos dos parlamentares, que ocuparam grande parte da reunião de terça-feira (17). A maioria das matérias reverencia o nome de militares da polícia e do tiro de guerra, de religiosos, como padres e pastores, além de políticos da preferência desses vereadores, como o deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) e os parlamentares estaduais Gustavo Mitre (PSC) e Gustavo Santana (PL).
Não houve divisão, não houve xingamento, nem gritos, nem acusações. Os vereadores votaram unânimes as honrarias propostas. A exceção aconteceu apenas quando o vereador Antônio de Faria Júnior (PL), o Da Lua, subiu à Tribuna para dizer que iria votar contra a proposição de título de cidadão honorário de Itaúna ao deputado estadual Gustavo Santana, proposta pelo colega Lacimar Cezário (PSD).
Da Lua queixou-se que esse parlamentar o traiu nas eleições de novembro de 2020 e que não merecia receber a homenagem. Ele não entrou em detalhes, mas a mágoa refere-se à indicação de Gláucia Santiago (PL) e não ele, o Da Lua, para a chapa de Neider Moreira à Prefeitura.
No mais, as homenagens a homens públicos e instituições se traduziram em longas falas, com leituras de biografias e exaltação dos feitos “de grande relevância” para Itaúna e seu povo.