Em meio ao cenário de incertezas sobre a realização ou não do Carnaval, o Jornal S`Passo conversou com os carnavalescos da cidade. Cautelosos, muitos preferiram esperar a decisão da Prefeitura, para se posicionar. Apenas o bloco Baballo, de Santanense, definiu que não sairá em 2022. Confira:
Deu no que Deu
“Estamos estudando com muita serenidade o que é melhor para a população itaunense”
Sobre as discussões políticas acerca da realização ou não do Carnaval 2022, o dirigente do Bloco Deu no que Deu, Manoel da Zinha, afirmou que a agremiação “não tem, em hipótese alguma, posicionamento político. Quanto ao Bloco Deu no que Deu participar dos desfiles no Carnaval 2022, a questão é mais complexa, pois envolve patrocinadores que têm posicionamentos contrários ou a favor da festa. Estamos estudando com muita serenidade o que é melhor para a população itaunense”, disse Manoel da Zinha.
Sertanejeiros
“Não adianta não ter em Itaúna e acontecer nas grandes metrópoles”
De acordo com o vereador, Léo Alves, presidente do Bloco Sertanejeiros, a diretoria realizou a inscrição na prefeitura, mas deixou bem claro que ainda não está definido que bloco vai desfilar em 2022. “Com as notícias do aumento de número de casos na Europa, acho prudente avaliarmos melhor a realização do carnaval, mas não adianta não ter em Itaúna e ter nas grandes metrópoles. São nesses locais que os turistas vêm, trazendo a nova mutação do vírus”.
Segundo Léo Alves, o Sertanejeiros sempre “banca” toda estrutura para sair na avenida, seja com trio elétrico, bandas, seguranças ou pagamento de alvará. “Sempre contamos com ajuda dos patrocinadores e com a venda das camisas. Acredito que os blocos terão dificuldade para conseguir patrocínio e custear as despesas e, por isso fica inviável planejar o desfile. Provavelmente o bloco não irá sair, mas esta decisão vai depender da nova diretoria que será eleita e da qual eu não farei parte”, finaliza o vereador.
Allfaces
Temos que ter mais cautela; em 2019 a pandemia começou assim. Nós vamos aguardar”
Na sexta-feira (26), o Allfaces esteve em reunião com o gerente de Cultura, Ilimane Joe, para pontuar sobre o cancelamento do Carnaval em diversas cidades. De acordo com o presidente do bloco, Ricardo Magalhães a decisão de desfilar ou não vai depender do crescimento ou erradicação da doença. “Nos reunimos com a prefeitura e a realização da festa ainda está sendo estudada. Vamos aguardar até o final de dezembro. Precisamos lembrar que em 2019 a pandemia começou justamente assim, durante o Carnaval. A doença que estava na Europa chegou ao Brasil e após o carnaval estourou em todo o país. Precisamos ter cautela”.
Questionados, os representantes dos Blocos Vai que Cola, Vem que Vem e Chega Mais, não retornaram à reportagem até o fechamento dessa edição. Os Blocos infantis, “Bicho Papão” e “Bloco da Bia”, também não responderam.
Pau de Gaiola
“vamos esperar decisão da Prefeitura”
“Queremos que a decisão venha de cima e seguiremos o que a Prefeitura e os órgãos de saúde pública decidirem”, disse um dos diretores do Pau de Gaiola, Afonso Silva. Ainda segundo o dirigente, ele e Delmar Parreiras vão analisar melhor a possibilidade de desfilar ou não. “Eu só não posso ser hipócrita, dizendo que não gostamos de carnaval, porque estaríamos mentindo. Mas, caso não tenha a festa em 2022, estaremos de acordo totalmente”, completa Afonsinho.
Baballo
“Não vamos colocar os moradores de Santanense e região em risco”
O Bloco Baballo, que voltou às ruas no último ano não vai desfilar em 2022. A decisão foi tomada esta semana pela diretoria da agremiação. “Eu não vou colocar os moradores de Santanense e região em risco. A pandemia ainda não foi erradicada e estaria sendo irresponsável se colocasse a festa na rua, em um bairro que contém a maior porcentagem de idosos da cidade. Amo o carnaval, mas definimos que não seremos coniventes com um possível aumento do número de casos ou até mortes por infecção do Coronavírus. Já começamos a traçar planos para sair em 2023”, afirmou Luiz de Santanense.
O bloco ChegaMais também se posicionou.