Cemig não explica apagões no centro e em alguns bairros de Itaúna

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Estão novamente na pauta dos noticiários os assuntos referentes à crise hídrica e, consequentemente de energia elétrica, com riscos de suspensão de abastecimento, por causa da falta de chuvas e diminuição do volume dos reservatórios das hidrelétricas. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento pedindo a população para economizar energia e água, e ajudar o país a enfrentar esse período. Outra consequência é o reajuste na bandeira tarifária, cobrada para bancar as usinas térmicas, que terá um impacto médio de 8,12% na conta de luz do mês de junho, de acordo com estimativa da Fundação Getúlio Vargas. Os argumentos para o aumento de preço são de que o tempo seco afeta diretamente os reservatórios e que essa situação promoverá a continuidade da bandeira vermelha até o início da primavera. Dessa forma, os consumidores continuarão pagando alto as contas de energia elétrica.

Além de toda essa conversa sobre crise hídrica, reajuste das tarifas de energia a partir de julho e a corrente inflacionária atingindo em cheio diversos outros produtos destinados à vida do brasileiro, o governo mineiro sinaliza com a possibilidade de dar continuidade ao projeto de privatizar a Cemig. É também neste cenário que as cidades convivem com a diminuição dos investimentos no setor de energia e com os constantes apagões. Em Itaúna, a interrupção de energia já começou a ser sentida em alguns pontos, como no centro e nos bairros João Paulo II, Irmãos Auler e Santanense, conforme relatos de moradores encaminhados à redação. 

Na Cemig, as informações transmitidas pela Assessoria de Imprensa são de que não é possível avaliar os apagões na cidade sem que haja o número das instalações que fizeram reclamações. “Para verificarmos a incidência de apagões, preciso dos números das instalações, pois os circuitos que atendem os municípios, assim como todo sistema elétrico no estado, são divididos e fracionados e, para uma apuração, precisamos de, pelo menos, alguns números de instalação onde as pessoas estão reclamando, para o rastreio no sistema”, justificou por mensagem de WhatsApp uma funcionária.  

Segundo a Assessoria da Cemig, a subestação Itaúna 1 tem potência instalada de 65 MVA, sendo que a carga máxima verificada atualmente é de 50,3 MVA, o que significa que existe reserva suficiente para o crescimento de aproximadamente sete a oito anos de cargas no município. Ainda assim, a assessoria diz que a Cemig já está estudando a construção de uma nova subestação para os próximos anos, ainda sem data definida, com mais 25 MVA de capacidade, visando contribuir para o crescimento do município.

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