Há doze anos nascia em Itaúna a instituição de apoio a dependentes químicos “Mães e Filhos”, um projeto criado pelo conhecido Marcílio de Assis e sua esposa Janete Campos de Azevedo Assis. Pela instituição, que funciona no bairro Antunes, à rua José Monteiro, 188, já passaram cerca de mil mulheres, que foram atendidas em suas necessidades de recuperação do álcool e das drogas.
Por um ato de amor
Entusiasmado, Marcílio diz que “tudo começou através de um ato de amor ao próximo da minha esposa Janete”. Ela atuava voluntariamente no Centro de Recuperação e Assistência Social Integrada – CRASI Lar dos Idosos e sempre se preocupava com as mulheres em situação de rua, que estavam na dependência química.
Do CRASI nasceu o projeto da “Mães e Filhos”
Não havia uma instituição específica para o acolhimento de mulheres em dependência química. “Foi aí, então, numa visita da senhora Marizinha, esposa do sr. Igor Dornas ao CRASI, que surgiu a oportunuidade. A dona Marizinha foi solicitar acolhimento para uma mulher itaunense que vivia em situação de rua, pedindo dinheiro e na dependência química. Ao saber que não podia ser atendida por não atingir as especificações da instituição dos idosos, ela foi imediatamente abordada pela minha esposa que lhe apresentou a alternativa. A Janete pediu à Dona Marizinha que cedesse a ela um local para criar uma instituição que acolhesse as mulheres que viviam naquela situação. Foi prontamente liberado o local onde estamos há 12 anos. Nunca nos foi cobrado um aluguel sequer”, relata.
Acolher e cuidar de mães e filhos
A comunidade terapêutica acolhe mulheres em situação de rua em dependência química, mulheres em período de gestação e na amamentação. A ‘Mães e Filhos’ já tem registrado o nascimento de 76 crianças, devidamente documentadas no Cartório de Registro Civil de Itaúna. “Fomos escolhidos pelo governo do Estado de Minas Gerais como a Melhor Instituição em todo território mineiro. Ela é modelo no quesito de reconstituição de família e dignidade humana”, comemora.
Um grupo de pessoas do bem
Desde o princípio, a instituição é gerida por um grupo de voluntários, sob o comando de Janete Campos de Azevedo Assis e do qual faz parte, Marcílio. “Sempre estivemos no comando da instituição, variando apenas nos cargos eletivos”, explica.
Ajuda de muitos
A ‘Mães e Filhos’ sobrevive graças a ajuda de voluntários, empresários e pessoas da sociedade civil, e atualmente tem convênio com o Senaprev do Governo Federal e da Subsecretaria de Políticas sobre Drogas do governo estadual. “São estes que nos ajudam a nos manter e a pagar os profissionais liberais que prestam serviços junto à nossa instituição”, pontua.
Nova sede na zona rural “Nestes 12 anos, que iremos completar no dia 28, nos tornamos uma instituição sólida, principalmente com a ajuda dos itaunenses e dos empresários, que sempre estão atendendo os pedidos de ajuda das nossas necessidades. Iremos dar início agora às obras da nossa nova sede, que terá 8.600 metros, localizada entre as comunidades de Lopes e Campos”, salienta.
