Conservadores Cristãos contestam críticas de estudantes e pais sobre evento realizado no Colégio Santana

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Ainda rende muitos comentários (e críticas) o evento promovido pelo grupo “Movimento Conservadores Cristãos de Itaúna”, realizado no dia 15 de dezembro do ano passado, com a palestra do vereador Nikolas Ferreira (PRTB-BH), no Colégio Santana. A reportagem do Jornal S’PASSO foi procurada por integrantes do movimento local, que queriam a publicação de esclarecimentos acerca do assunto e, sobretudo, responder as críticas de internautas e de pais de alunos que viram no evento uma apologia à violência, à intolerância e de negação à ciência.

Os conservadores cristãos esclareceram que a vinda do vereador Nikolas Ferreira à cidade foi motivada pelo lançamento de um programa de “Direcionamento Estratégico para 2021/22” do grupo. Na oportunidade ele realizou uma palestra com o tema “Conservadorismo, participação política e o resgate dos valores da família”. Em seguida postou para fotografia com os participantes – muitos sem o uso da máscara e alguns fazendo gesto de arminha, à la Bolsonaro. Os organizadores explicaram que a escolha da capela se deu por perceberem clara relação entre os propósitos do conservadorismo cristão e aquele ambiente religioso e tradicional da cidade.

Os dirigentes do grupo conservador contestaram a ideia de que o jovem vereador em nenhum momento de sua palestra apresentou comentários controversos ou desrespeitosos sobre os temas tratados, tendo sido durante todo o seu pronunciamento “absolutamente coerente com os princípios do conservadorismo cristão, considerando inclusive que o mesmo é evangélico atuante, filho e neto de pastores”.

A matéria publicada no S’PASSO, edição de 19 de dezembro de 2020, que trouxe comentários de internautas e queixas de pais de alunos, foi contestada pelo Movimento Conservadores Cristãos. As críticas expostas na matéria são para eles despidas de fundamentos e conhecimento de causa. Sendo um evento fechado, afirmam que nenhum dos que se manifestaram nas redes sociais esteve presente na conferência. O grupo se diz assustado com a postura dos críticos, comparados pelos cristãos conservadores com membros de “sociedades ditatoriais, como Coréia do Norte, China, Cuba”. O conteúdo da palestra do vereador Nikolas foi baseado no pensamento conservador, subsidiado por filósofos e autores contemporâneos, como Roger Scruton, Edmund Burke e G K Chesterton, João Pereira Coutinho, “dentre vários outros que defendem a valorização da vida e da liberdade, pilares absolutos e incontestáveis também do cristianismo”.

Sem vínculo partidário e religioso, como Bolsonaro

Os conservadores cristãos de Itaúna negam vínculo partidário ou religioso, no entanto admitem que necessitam tomar posse das ações políticas e contam que o boslonarismo se apropria das mesmas ideias, “uma vez que as propostas do então presidente, são as que mantêm coerência com o pensamento conservador cristão, a exemplo do aborto, que é combatido pelos conservadores em qualquer de suas formas e condições, assim como a intervenção do estado nas liberdades individuais e o direito ao armamento”.

Afirmaram ainda que é importante também mencionar que o armamentismo apregoado pelos conservadores cristãos “está associado exclusivamente à legítima defesa e a uma escolha de cada cidadão”. Eles explicaram que o gesto de arma de alguns presentes ao evento do vereador de Belo Horizonte no ano passado não está associado ao estímulo da violência, mas sim a uma luta contra a impunidade no Brasil e o aceno à legítima defesa. Eles utilizam de trechos bíblicos para tentar justificar o apelo às armas.

Finalmente, o grupo questionou os críticos que não possuem informações corretas sobre o evento e o Movimento Conservadores Cristãos de Itaúna, pois jamais os procuraram para se informar. “Felizmente o Colégio Santana não se ateve a esse tipo de conduta reducionista e preconceituosa”, considerou.

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