Construção de ‘piscinões’ pode resolver problema de inundações em vários pontos da cidade

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Atendendo à convocação da Câmara Municipal, na terça-feira (28), para falar de projetos para corrigir problemas decorrentes das inundações no município, o secretário de Infraestrutura e Serviços, Rosse Andrade Silva, relatou uma visita que ele e assessores fizeram à cidade de Limeira, no interior de São Paulo, onde estão sendo realizadas obras para solucionar situações parecidas com as de Itaúna, para contenção de inundações.

O município de Limeira está localizado a 145 km a noroeste da cidade de São Paulo, na Região Administrativa de Campinas, constituindo-se na sede da Microrregião de Limeira integrada por oito municípios: Araras, Leme, Limeira, Pirassununga, Cordeirópolis, Conchal, Santa Cruz da Conceição e Iracemápolis. Limeira tem área total    580,711 km² e sua população é de 291.869 habitantes – quase o triplo de Itaúna – , de acordo com o censo IBGE/2022.

O município está construindo ou ampliando represas, que eles chamam de ‘piscinões’, que acumulam a água pluvial distribuindo-a e evitando a ocorrência de enchentes. A água acumulada nos piscinões escoa mais lentamente, diminuindo a ocorrência de inundações. Naquela cidade estão sendo feitos piscinões de 10 milhões, 6 milhões e 3 milhões de litros de água. Segundo o secretário de Obras e Serviços Públicos de Limeira, Dagoberto de Campos Guidi, os serviços já estão dando resultados com a diminuição de alagamentos no centro da cidade. A obra, que foi iniciada em setembro de 2022, ainda não está concluída e está orçada em R$ 24 milhões.

Rosse quer que sejam construídas ‘cacimbas’ em pontos estratégicos

O secretário de infraestrutura prometeu que irá se reunir com técnicos da empresa Projeta Engenharia para estudar a viabilidade de construções dessas represas, as ‘cacimbas’, em vários pontos da cidade, como ao longo da Prainha, Morro do Sol, bairro Boulevard, Nova Vila Mozart,  Sion, avenida Walter Mendes, entre outros.

Ele confessou que durante a viagem de volta da cidade de Limeira ficou pensando em como essas construções poderão, além de solucionar o problema dos alagamentos, trazer benefícios para a paisagem urbana da cidade. “A gente sonha muito, mas não depende só disso, os investimentos são altos e quem define as obras é a Secretaria de Regulação Urbana, nós só executamos”, admitiu.

Lagoas de contenção previstas pela “Projeta”

O prefeito Neider Moreira (PSD) explicou à reportagem do Jornal S’PASSO que estão previstas no projeto da Prainha, através da “Projeta Engenharia”, três lagoas de contenção.

Para o engenheiro Gláucio Martins, da equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços, realmente a “Projeta Engenharia” colocou em sua proposta para a avenida Jove Soares o melhoramento das lagoas da prefeitura, do lago do Telmo e do loteamento da antiga fazenda do Paulo Viana, no bairro Pio XII/ Morro do Sol. A ideia de construção de piscinões ou cacimbas, como na cidade de Limeira, é uma proposta que poderá resolver o problema de Itaúna, mas é uma obra mais cara, enquanto que a ampliação das lagoas que já existem – com dragagem e limpeza para aumentar a capacidade de reservação – custariam em torno de R$ 11 milhões. Já a construção de três ou mais cacimbas custaria cerca de R$ 30 milhões.

“Tudo isso tem que ser bem estudado para que tenhamos um norte a ser seguido. É uma situação em que você trabalha com a natureza, você pode ou não resolver o problema. A nossa proposta é de minimizar o problema hoje. E qual é o problema hoje? As inundações que acontecem, principalmente ali no início da Jove Soares, que atingem muito empresários e moradores da região. Qualquer chuva que vem chegando, aquelas pessoas já ficam preocupadas com o que vai acontecer, é uma situação muito ruim. E a gente também sofre junto, apesar de muitos não perceberem isso. Por isso, é preciso que algo seja feito e com decisões políticas, pois envolve investimentos muito altos. Mas as soluções virão e nossa preocupação é resolver o problema”, posicionou.