A partir do próximo dia 28 de maio, os consumidores residenciais da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) enfrentarão um reajuste de 7,36% na conta de energia elétrica. A decisão foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (20) e será válida até maio de 2026, conforme previsto em contrato.
Para os usuários da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), o aumento será menor, de 2,02%. O impacto total do reajuste nas faturas será sentido a partir de julho, nas contas com vencimento nesse mês. Isso porque o consumo registrado antes da nova tarifa será cobrado parcialmente com os valores antigos, fazendo com que as contas de junho, com vencimento em julho, já apresentem uma fração do aumento.
Composição do Reajuste
A Cemig informou que os encargos setoriais são o principal fator por trás desse reajuste, correspondendo a 4,63% do novo valor. Esses encargos são destinados ao financiamento de políticas públicas diversas, como a ampliação do acesso à energia, a manutenção da tarifa social, o fomento a fontes de energia renováveis e programas de desenvolvimento energético. A Cemig destaca que os subsídios presentes nas faturas de energia têm um peso considerável no custo final da tarifa. Um relatório da Aneel, o “Subsidiômetro”, aponta que em 2023, 17,33% do valor pago pelos clientes da Cemig Distribuição foi direcionado para custear subsídios a outros consumidores, totalizando R$ 3,5 bilhões, um aumento de 29,63% em relação a 2022. Para 2025, a estimativa é que os consumidores mineiros contribuam com aproximadamente R$ 1 bilhão em subsídios, sendo que mais de 80% desse montante deverá ser destinado à Geração Distribuída e às fontes incentivadas, com destaque para a energia solar.
