Depois de mais uma audiência de conciliação entre os dirigentes da Cia. Tecidos Santanense e representantes do Ministério Público e do Ministério do Trabalho, ocorrida no início dessa semana em Belo Horizonte, a empresa solicitou à justiça pedido de recuperação judicial. A solicitação feita em nome do grupo Coteminas, que detém os a maioria das ações da antiga fábrica, dirigido pelo empresário Josué Gomes da Silva, que também preside a Federação das Indústrias de São Paulo – FIESP – foi aceita pela 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. A informação é a de que o grupo possui R$ 2 bilhões em dívidas. Na prática, com o processo de recuperação, as dívidas da companhia ficam congeladas por 180 dias, ao mesmo tempo em que sua operação é mantida.
Por enquanto não há sinais de que a Cia. Tecidos Santanense volte a operar sua fábrica de tecidos em Itaúna. A advogada do Sindicato dos Tecelões, Sandra Vítor, disse ao Jornal S’PASSO que não há informações que venham dar esperança aos trabalhadores que estão, no momento, tentando recuperar seus salários e demais benefícios em atraso.
O Grupo Coteminas espera que com a concessão do pedido “conseguirá a sua restruturação financeira e de todas as empresas do grupo”.
O que é a recuperação judicial?
A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a empresa endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça. As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida.