A chegada do período de chuva, depois de dias de calor intenso é um alívio para as pessoas e a esperança de normalização do abastecimento de água em suas casas. Entretanto, para muita gente as chuvas contínuas preocupam e causam medo de desabamento de casas e muros, desmoronamento de encostas, das cheias dos rios e ribeirões, quedas de pontes etc.
Para a Defesa Civil em Itaúna esse é o primeiro evento da Zona de Convergência do Atlântico Sul – ZCAS do verão de 2024, fenômeno que é conhecido pela formação de um corredor de umidade que registra chuvas intensas na região. Em decorrência das ZCAS, há possibilidade de chuvas constantes durante todo o mês de janeiro. Nesta semana, de 2 a 8, a previsão de chuva acumulada é de até 150mm e na próxima, do dia 9 ao 15 de janeiro, de até 80mm.
O coordenador da Defesa Civil, Fábio Túlio Meneses Silva, orienta que a atenção maior do setor neste período é para os locais classificados como área de risco no município.
“Atualmente a Defesa Civil possui mapeado 25 locais em área de risco. São lugares que possuem taludes com risco de queda, muros de arrimos/contenção danificados e imóveis onde existem trincas ou rachaduras numa escala que possa comprometer a estrutura do imóvel. Estes locais são monitorados e vistoriados pela Defesa Civil por todo o ano, mas recebem um olhar mais criterioso em setembro quando iniciam-se as primeiras chuvas”, explica.
A Defesa Civil orienta a população para que fique atenta em “situações anormais” em seu imóvel, como: muros e paredes estufados repentinamente, estalos (barulhos) na estrutura do imóvel, água minando na base de barrancos e taludares, surgimento de trincas e rachaduras e inclinação de árvores e postes.
Pede-se que mantenha sempre limpos calhas, ralos e telhados para evitar o entupimento. Nunca armazene materiais de construções em calçadas, pois estes materiais são arrastados pela chuva provocando a obstrução dos bueiros.
Os canais de atendimento da Defesa Civil, via telefone, são:199, (37) 3241-8158 e (37) 9 8401-8973 – Plantão 24horas.
Não há previsão de chuvas fortes
Fábio Túlio pontua que neste período não há ocorrência de chuvas fortes, com grande volume num espaço menor de tempo, mas sim de chuvas intensas e constantes, portanto, não há riscos de inundações e alagamentos, como ocorreram no final de outubro do ano passado. As chuvas constantes causam deslizamento de terra, tombamento de muros e encostas, entre outros danos.
Rio São João normal, barragem do Benfica pela metade
O dirigente da Defesa Civil esclarece também a situação do rio São João e da barragem do Benfica, que estão com seus volumes normais. O nível de água do rio São João está em 1,74m e o da barragem, 12,03m. No caso da barragem, está, até, muito baixa em seu volume, já que o limite da altura do seu reservatório é de 21,30 metros, está pouco mais da metade. Vazia, para essa época do ano.