Denúncias dominam Whatsapp e redes sociais

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Esposa do candidato Márcio Hakuna é acusada de ser funcionária fantasma da Assembleia

Na reta final da campanha eleitoral, alguns candidatos e apoiadores exploraram o caminho do denuncismo através de postagens nas redes sociais. No início dessa semana, um vídeo foi fartamente impulsionado pelos adversários do prefeito Neider Moreira através do Facebook e Instagram. Nele, ex-funcionários da prefeitura discutiam numa reunião quem era contra e quem era favorável à cobrança de parte dos seus salários destinada ao partido político e à própria campanha do chefe do Executivo. Uma nova modalidade de “rachadinha” com destino eleitoral.

O tema foi utilizado pelo candidato Emanuel Ribeiro (Patriota), um dos que compartilharam o vídeo em suas redes sociais, durante o debate da TV Cidade. Naquele momento, Neider respondeu que não tinha ideia da tal reunião e de onde saiu a gravação do áudio e vídeo. Questionou, inclusive, se o vídeo não teria sido adulterado e afirmou também que um dos funcionários mostrados na imagem fora demitido por não corresponder à ao serviço para o qual foi contratado. Outros, como a ex-gerente de meio ambiente, Aline Moura, que também aparece nas imagens, vieram a público posteriormente isentando o prefeito de qualquer responsabilidade acerca do tema.

Marcinho Hakuna 

Outra postagem nas redes sociais denuncia a mulher do candidato a prefeito Marcinho Hakuna de ser funcionária fantasma da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O vídeo detalha que Gina Raquel Batista Gonçalves, esposa do vereador Marcinho Hakuna, candidato a prefeito pela coligação “A Força do Povo” (PSC / PTB / PSL / PODE / PSDB), é gerente administrativo da empresa Aço Ita Indústria e Comércio, onde trabalha em horário comercial, de segunda a sexta-feira. Essas informações foram confirmadas por um funcionário da empresa, que fabrica equipamentos para mineração.

Porém, Gina Raquel é, ao mesmo tempo, servidora da Assembleia, onde foi nomeada para o Bloco Sou Minas Gerais, desde 18 de novembro de 2019, no cargo e padrão VL-9, vencimentos mensais de R$ 1.552,81 por 4h de trabalho. O Bloco Sou Minas Gerais é formado por cinco partidos: Avante, Novo, PSC, PSDB e Solidariedade e conta com 17 deputados, entre os quais o itaunense Gustavo Mitre (PSC).

Repercussão 

“O que falar de uma pessoa que trabalha numa empresa privada e que é funcionária – ao mesmo tempo – num cargo público, no caso, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais? Que ela tem o dom da ubiquidade, ou seja, estar em vários lugares ao mesmo tempo, ou que joga nos dois times: no público e no privado, com dupla eficiência”, indagou um cidadão ao comentar a publicação em um grupo de WhatsApp.

Um dos mais polêmicos itaunenses, o ex-vereador José Medeiros Júnior não poupou comentários e engrossou as denúncias contra Hakuna, afirmando que estava levantando documentos sobre a campanha do mesmo a deputado federal e que teria sido feita pela agência de publicidade que atendia a Câmara Municipal quando Hakuna estava na presidência.

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