A deputada Lohanna (PV) participou de uma Audiência Pública sobre renovação de concessões ferroviárias, defendendo mais investimentos para os municípios mineiros. O evento foi realizado pela Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, solicitada pela deputada Ione Pinheiro (União Brasil), com o objetivo de buscar a repactuação dos termos da renovação com vistas a se ampliar os investimentos em Minas Gerais.
Um dos principais motivos para o debate público “Trens de Minas” é em relação aos baixos investimentos em Minas Gerais. As linhas que tiveram suas concessões renovadas têm grandes trechos em solo mineiro, mas as partes mais vultosas dos recursos serão direcionadas a outros estados, notadamente São Paulo e Goiás.
A deputada Lohanna concordou com as colocações de Ione e disse que se Minas Gerais possui a maior malha, deve receber mais investimentos. “Chega dos municípios negociarem sem a participação do Estado, com as concessionárias, com o Governo Federal, com a ANTT, sem alguém que defenda os interesses de Minas, os interesses das cidades de Minas Gerais e os interesses do Estado que detém a maior malha ferroviária de todo nosso país”.
Divinópolis tem uma importância central no contexto do debate público, pois a cidade é um dos municípios impactados diretamente pela malha ferroviária da MRS Logística S.A., sendo uma das 51 cidades que vão receber investimentos em mobilidade urbana, especialmente para melhorar a sinalização e a segurança nas áreas onde os trilhos interferem na circulação local.
“Divinópolis foi por muitos anos chamada de capital brasileira das ferrovias, a Estrada de Ferro do Oeste de Minas, que é a nossa ferrovia em Divinópolis, operada pela FCA/VLI foi o berço do desenvolvimento da cidade, esses dois momentos fizeram com que hoje a gente possa ter o privilégio de nos chamarmos de capital do Centro-Oeste de Minas, de uma região com 1,5 milhão de pessoas”, avaliou a parlamentar.
De acordo com Lohanna, o debate promovido pela ALMG busca repactuar os termos das renovações para se aumentar os recursos direcionados a Minas Gerais. “Temos hoje uma perspectiva de que finalmente podemos colocar a justiça do ponto de vista do investimento e do retorno do recurso para essas cidades. Essa discussão tem um impacto muito grande para a minha região, que conta muito com a ALMG para liderar esse processo, uma vez que o Governo de Minas está calado, acomodado sobre a situação”.
